Massacre da Praça da Paz Celestial completa 35 anos nesta terça (4)
Autoridades reforçaram policiamento e alertaram para ameaças de segurança em Hong Kong e na China
As autoridades de Hong Kong e Pequim aumentaram o policiamento e citaram ameaças de segurança no aniversário do Massacre da Praça da Paz Celestial, que completa 35 anos nesta terça-feira (4).
As ruas de Pequim e bairros centrais de Hong Kong foram tomadas por patrulhas e postos policiais. Os visitantes puderam visitar a praça da capital chinesa sob vigilância de guardas.
Alerta para Atividades Ilegais
Já o governo da região autônoma de Hong Kong alertou que a data pode servir de pretexto para atividades ilegais. Um artista foi detido em Hong Kong após uma performance em referência ao massacre. Ele foi levado pelas autoridades por fazer um gesto que representa o dia em que as tropas armadas reprimiram as manifestações.
Repressão Violenta em 1989
Em 4 de junho de 1989, depois de quase dois meses de manifestações exigindo reformas políticas e o fim da corrupção, as tropas chinesas entraram no centro de Pequim e fizeram uma repressão violenta. As autoridades da China nunca divulgaram o número oficial de mortos, mas as estimativas chegam a milhares de vítimas, incluindo manifestantes desarmados que foram atropelados pelos tanques.
Até hoje, o episódio é um dos tabus mais sensíveis da China, e as menções à data são sempre censuradas. As imagens históricas do ativista de frente aos tanques de guerra à época circularam o mundo e se tornaram um símbolo da luta pela democracia.