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    Massa aceita pedido de Milei e adia debate do Orçamento 2024 da Argentina

    Texto deve ser entregue ao parlamento nesta sexta-feira (15), dentro do prazo legal, mas discussão só ocorrerá após as eleições de outubro; candidatos representam campos políticos opostos

    Presidenciáveis Sergio Massa e Javier Milei representam campos políticos opostos, esquerda kirchnerista e extrema-direita respectivamente
    Presidenciáveis Sergio Massa e Javier Milei representam campos políticos opostos, esquerda kirchnerista e extrema-direita respectivamente REUTERS/Matias Baglietto e Tomas Cuesta/Getty Images

    Pedro Jordãoda CNN

    São Paulo

    O ministro da Economia da Argentina e candidato à Presidência, Sergio Massa, concordou com seu oponente Javier Milei e vai deixar a discussão sobre o Orçamento de 2024 para depois das eleições de outubro.

    O anúncio foi feito por Massa nesta quinta-feira (14) em uma reunião na cidade de La Rioja com mais de cem empresários, após Milei ter enviado uma carta ao governo na última segunda-feira (11) pedindo o adiamento.

    As informações foram confirmada pela agência de notícias estatal Télam, ligada ao Ministério das Comunicações.

    Outros candidatos criticam e dizem que a situação é um acordo entre Massa e Milei, apesar deles representarem campos políticos opostos, esquerda kirchnerista e extrema-direita respectivamente.

    Apesar do adiamento do debate, o governo vai enviar o projeto de lei do orçamento ao parlamento nesta sexta-feira (15), dentro do prazo estabelecido pela lei da Administração Financeira, que estabelece 15 de setembro como prazo máximo.

    O argumento das autoridades governistas é que o pedido de Milei é razoável porque o próximo presidente deve redesenhar seu próprio orçamento, mas sem deixar de cumprir a lei.

    “É lógico que se apresente o Orçamento 2024 nesta sexta-feira e que se debata quando se conhecer quem será o próximo presidente eleito pela população nas urnas”, disseram fontes do ministério da Economia à Télam.

    O orçamento deve estabelecer recursos, fontes de financiamento e despesas que a administração pública nacional terá disponíveis para o próximo ano.

    Com uma inflação de três dígitos, o país enfrenta uma crise financeira que tem sido principal tema das campanhas eleitorais e deve definir o resultado eleitoral.

    Após ser enviado ao parlamento, o orçamento deve ser discutido pelos congressistas e votado. O calendário de debates deverá ser analisado na próxima terça-feira (19).

    Vídeo – Análise: os planos de Javier Milei para a economia argentina