Máscaras, bolhas e distanciamento: como as escolas estão reabrindo na Europa
Milhões de crianças voltam às aulas em meio ao aumento dos casos de Covid-19 no continente europeu e terão que se adaptar a novas regras de segurança
Para a maioria das crianças, foram quase seis meses longe da escola. Agora, o retorno é cheio expectativa. Na volta às salas de aula, os alunos vão encontrar muitas mudanças por causa das regras de prevenção à Covid-19.
O governo britânico fez um guia para um retorno seguro às aulas, a partir desta semana. A principal medida será isolar em casa qualquer criança que tenha sintomas de Covid-19 e não mandá-la para a escola. Os professores deverão também incentivar os alunos a lavar e desinfetar as mãos várias vezes ao dia. E as áreas comuns, como corredores e pátios, devem ser limpas com mais frequência.
Leia mais:
Pelo menos 128 municípios de SP reabrirão suas escolas na próxima terça (8)
SP contrata 1 mil psicólogos para volta às aulas nas escolas do estado
Na Escócia, os alunos maiores devem ficar de máscaras o tempo todo na escola. Já na Inglaterra, o uso é opcional. Mas a escola poderá pedir que professores e alunos com mais de 11 anos de idade utilizem a proteção dependendo do número de casos de Covid-19 na região. E se houver surtos regionais, elas passam a ser obrigatórias.
Outra ação recomendada pelo governo é limitar o contato entre alunos de diferentes turmas, no caso de escolas maiores. Para isso, vão ser criadas as chamadas “bolhas”: grupos de crianças da mesma faixa etária, que só vão conviver entre elas. E deverão estar sempre a uma distância segura de outros grupos.
Na escola do Joaquim, de oito anos, cada bolha vai ser formada por duas classes, e vai ter no máximo 60 crianças. “O horário de entrada vai ser diferente para cada série, o horário de almoço e de recreio também. Então eles não vão se misturar durante o dia”, explica a mãe dele, Clair Inouye.
A reabertura das escolas é muito esperada aqui no Reino Unido. Mas há o temor de que, com os alunos na sala de aula, a circulação do vírus aumente. Uma pesquisa mostrou que 60% dos pais estão muito preocupados com esse retorno. O governo britânico insiste que os riscos são baixos. Esta semana, na visita a uma escola, o primeiro-ministro Boris Johnson declarou que “as escolas tomaram medidas muito bem sucedidas. Elas estão criando o nível certo de confiança para os pais e alunos”.
Clair está tranquila com a volta de Joaquim à escola. E o menino está animado. “Eu só quero ver os meus amigos de novo. Eu também tenho saudades da escola”, diz ele.