Marrocos é 4º país árabe a normalizar relações com Israel por mediação de Trump
Com mediação do governo americano, Marrocos se tornou quarta nação do norte da África e Oriente Médio a se aproximar do governo israelense em 2020
O Marrocos se tornou o quarto país árabe do Oriente Médio e da região do Norte da África a concordar em estabelecer relações diplomáticas plenas com Israel em 2020 após mediações do governo americano.
A medida segue anúncios recentes dos Emirados Árabes Unidos, Bahrein e Sudão para estabelecer relações diplomáticas com Israel, acordos em grande parte mediados pelo assessor sênior do presidente Donald Trump e genro Jared Kushner e uma equipe de negociadores.
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O anúncio representa uma conquista da política externa do governo Trump, que busca escorar o apoio regional a Israel como uma contramedida à influência iraniana.
Como parte do acordo entre Israel e Marrocos, anunciado nesta quinta-feira (10), os EUA se comprometeram a “reconhecer a soberania marroquina sobre todo o território do Saara Ocidental”, uma grande vitória para o governo de Marrocos, mas que ignora uma longa afirmação de independência da população local saharaui, que também acusa o governo marroquino de injusto tratamento e perseguição.
“Outro avanço histórico hoje! Nossos dois grandes amigos Israel e o Reino de Marrocos concordaram em relações diplomáticas plenas – um avanço massivo para a paz no Oriente Médio!”, escreveu Trump no Twitter.
O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu deu as boas-vindas ao “histórico” acordo de paz entre Israel e Marrocos, enquanto elogiava Trump pelo que chamou de “seus extraordinários esforços” para trazer a paz à região.
Netanyahu também agradeceu ao Rei do Marrocos “por tomar esta decisão histórica de trazer uma paz histórica entre nós”. Netanyahu disse que os escritórios de ligação serão reabertos o mais rápido possível, seguido pela abertura de embaixadas e relações diplomáticas plenas, bem como voos diretos entre os países.
O Marrocos já foi o lar de uma das maiores populações judaicas do Oriente Médio e do Norte da África, grande parte da qual fugiu para a Europa e os Estados Unidos depois que Israel declarou independência em 1948, deixando muitos judeus em países árabes temerosos por sua segurança. Este movimento pode encorajar muitos judeus marroquinos a visitar sua terra natal ancestral.
(Com informações de Vivian Salama, da CNN)