Manifesto propõe medidas para garantir segurança alimentar diante das mudanças climáticas
À CNN Rádio, Clayton Campagnolla, coordenador do Instituto Fome Zero, responsável pela iniciativa, detalhou plano que será apresentado na COP28
Um manifesto do Instituto Fome Zero vai propor na COP28 medidas para garantir a segurança alimentar e nutricional em meio aos impactos das mudanças climáticas.
À CNN Rádio, o coordenador de Clima e Alimento da organização Clayton Campagnolla detalhou o que a proposta sugere.
Entre os principais pontos, está a agroecologia, que é uma prática agrícola que facilita a diversificação da produção, oferecendo variedades saudáveis de forma local, diminuindo as perdas pós-colheita.
“Trabalhamos no Instituto Fome Zero para fortalecer a agroecologia, colocar a questão na pauta, que é a melhor opção para produtores”, disse.
Segundo Clayton, a agroecologia faz com que a produção se adapte aos eventos climáticos, mas que ela depende de “conjunto de políticas que tem de ser estabelecido.”
Entre essas políticas, está a necessidade de produção local de alimentos aliada a iniciativas do governo federal, “que tem que apoiar.”
“Prefeitos também precisam de mecanismos para conectar produtores locais com consumidores locais, além de trabalhar com tecnologias adequadas”, completou.
O coordenador do Instituto lembrou que o Brasil tem presenciado “grandes eventos climáticos com cada vez mais frequência”, a exemplo de ciclones, ondas de calor e chuvas excessivas.
“Tudo isso afeta a produção de alimentos no curto prazo, e os mais afetados são os vulneráveis”, disse.
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Por esse motivo, “temos de ter uma agricultura adaptável e resiliente, que suporte os eventos climáticos adversos.”
Clayton Campagnolla ainda afirmou que espera que o assunto seja tratado com seriedade na COP28, e que o mundo “caminhe nessa direção”.
*Com produção de Isabel Campos