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    Mais uma mulher acusa rapper Sean “Diddy” Combs de agressão sexual

    April Lamos também acusa Combs de lesão corporal, abuso, sofrimento emocional e violação da lei de proteção às vítimas de violência de gênero

    Sean "Diddy" Combs no Festival de Cinema de Cannes em 2012
    Sean "Diddy" Combs no Festival de Cinema de Cannes em 2012 Gareth Cattermole/Getty Images

    Dalia FaheidElizabeth Wagmeisterda CNN

    O rapper Sean “Diddy” Combs foi acusado de agressão sexual em um processo judicial apresentado na quinta-feira (23) por April Lampros, que afirma ter conhecido o artista em 1994, quando ela era estudante do Fashion Institute of Technology de Nova York.

    De acordo com a queixa, registrada em Nova York e obtida pela CNN, Lampros acusa Combs de quatro casos de agressão sexual de meados da década de 1990 até o início da década de 2000. A ação também acusa o magnata do rap de lesão corporal, abuso, sofrimento emocional e violação da lei de proteção às vítimas de violência de gênero. O processo ainda não foi analisado pelo escrivão do condado.

    “Estou confiante de que a justiça prevalecerá e o véu será removido para que nenhuma outra mulher tenha que passar pelo que eu passei”, disse Lampros em uma declaração à CNN na quinta-feira.

    A CNN pediu comentários de um representante de Combs.

    Esse é o oitavo processo contra Combs desde novembro – o sétimo o acusando diretamente de agressão sexual. Um dos oito processos, movido pela ex-namorada Cassie Ventura, foi resolvido. Um outro processo acusou o filho de Combs, Christian Combs, de agressão sexual, e Sean foi acusado de cumplicidade.

    Lampros disse a Combs que queria trabalhar no setor de moda, e Combs prometeu orientá-la, apresentá-la a executivos do setor de música e moda e ajudá-la a encontrar trabalho, diz o processo. Mas, segundo o processo: “O que o Sr. Combs mostrou como gestos gentis rapidamente se manifestou em um relacionamento agressivo, coercitivo e abusivo baseado em sexo”.

    No primeiro encontro, em 1995, Lampros alega que Combs a pressionou a beber em um bar de Nova York e, mais tarde, em um hotel, “ela foi deitada na cama do hotel, onde o Sr. Combs forçou ficar em cima dela”, diz o processo. Lampros alega que Combs a estuprou depois que ela “implorou ao Sr. Combs que parasse”. “Ela estava nua, dolorida e confusa” na manhã seguinte, de acordo com o processo.

    Segundo o processo, em outro incidente, Lampros foi forçada a ter relações sexuais com Combs em um estacionamento próximo ao apartamento dele em Manhattan.

    O relatório ainda detalhou que “a Sra. Lampros estava em estado de choque, moralmente esgotada, envergonhada e em agonia física por causa do Sr. Combs”

    Depois disso, Lampros tentou ir embora e se distanciar de Combs, e “ele imediatamente mudou sua abordagem e ficou com raiva, ameaçador e enérgico”, alega o processo. Combs havia “desenvolvido essa personalidade de mafioso e a Sra. Lampros tinha medo dele”

    Em uma noite de 1996, Combs supostamente forçou Lampros e uma de suas ex-namoradas a tomar ecstasy em seu apartamento, e depois exigiu que as duas tivessem relações sexuais. Quando Lampros se opôs, Combs ameaçou “que poderia fazê-la perder o emprego”.

    “Ela se sentiu enojada, envergonhada e constrangida e não conseguia acreditar no que havia acontecido”.

    Por volta de 1998, Lampros terminou seu relacionamento com Combs, de acordo com o ação judicial. Anos mais tarde, entre o final de 2000 e o início de 2001, eles se reencontraram e Combs agarrou violentamente Lampros, de acordo com o processo.

    Como resultado, Lampros “sofreu e continua a sofrer danos, incluindo lesões físicas, sofrimento emocional grave, humilhação e ansiedade”,

    Mais recentemente, Lampros diz ter sido informada de que Combs havia gravado no passado a relação sexual dos dois sem que ela soubesse e mostrado a várias pessoas.

    Combs tinha um temperamento explosivo e frequentemente ameaçava machucá-la se ela não agisse de acordo com suas exigências, se conversasse com outros homens ou não atendesse suas ligações telefônicas, afirma Lampros no processo. De acordo com Lampros, ela também não tinha permissão para falar sobre seu relacionamento com Combs com ninguém.

    “Ela achava que, se o desobedecesse, ele acabaria com seus sonhos de seguir uma carreira na música . O Sr. Combs também ameaçava prejudicá-la no setor se ela tentasse mexer com ele de alguma forma”, diz o processo. “Os sonhos da Sra. Lampros e tudo pelo que ela vinha trabalhando arduamente estavam na palma das mãos dele.”

    A ação foi movida pelo advogado de Lampros, Tyrone Blackburn, que também representa outras pessoas que moveram ações judiciais contra Combs, incluindo Rodney Jones, bem como Grace O’Marcaigh, a mulher que acusou seu filho Christian Combs de agressão.

    Os réus citados no processo também incluem a Bad Boy Records, a Arista Records e a Sony Music Entertainment. Lampros era estagiária da Arista Records – uma subsidiária da Sony Music Entertainment e antiga empresa controladora da Bad Boy Records de Diddy – durante pelo menos uma das supostas agressões, diz o processo.

    A queixa alega que a Arista Records permitiu o abuso sexual ao colocar Combs em uma posição de autoridade e não proteger Lampros.

    A CNN solicitou comentários de representantes de Combs, Bad Boy Records, Arista Records e Sony Music Entertainment.

    A última ação judicial ocorre dois dias depois que a ex-modelo e vencedora do concurso Model Mission de 1998 da MTV, Crystal McKinney, acusou Combs de tê-la drogado e agredido sexualmente em um processo judicial. Isso também acontece depois que a CNN divulgou imagens exclusivas de vigilância que mostravam Combs agredindo fisicamente a então namorada Cassie Ventura em 2016.

    Combs é alvo de uma investigação federal realizada por uma equipe do Departamento de Segurança Interna que lida com crimes de tráfico de pessoas, de acordo com um oficial sênior da lei federal informado sobre a investigação.

    “Não houve nenhuma descoberta de responsabilidade criminal ou civil em nenhuma dessas alegações”, disse Aaron Dyer, advogado de Diddy, depois que duas casas do músico foram revistadas em março como parte da investigação. “O Sr. Combs é inocente e continuará lutando todos os dias para limpar seu nome.”

    Este conteúdo foi criado originalmente em inglês.

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