Mais de 5 milhões de refugiados já deixaram a Ucrânia por causa da guerra, diz ONU
Maioria das pessoas foram para a União Europeia através dos pontos de fronteira na Polônia, Eslováquia, Hungria e Romênia


O número de pessoas que fogem da Ucrânia para escapar da invasão russa passou de 5 milhões na pior crise de refugiados na Europa desde o fim da Segunda Guerra Mundial, disse a agência de refugiados da ONU nesta quarta-feira (20).
A invasão da Rússia desencadeou um deslocamento maciço de pessoas nas quase oito semanas desde que começou, incluindo mais de 7 milhões de ucranianos no país. Dados da ONU mostraram que 5,03 milhões haviam fugido da Ucrânia até a quarta-feira.
A maioria cruzou para a União Europeia através de pontos de fronteira na Polônia, Eslováquia, Hungria e Romênia, onde voluntários e governos se esforçaram para ajudar os refugiados, em sua maioria mulheres e crianças, a encontrar emprego, acomodação e fornecer apoio.
“Quando você olha para o número de refugiados na Europa central, o número é sem precedentes”, disse Jakub Andrle, coordenador do programa de migração do People in Need, um grupo de ajuda com sede em Praga que opera na Ucrânia.
“Também é importante lembrar que os números podem aumentar rapidamente no dia a dia, dependendo da situação no terreno.”
A Rússia lançou o que chama de “operação militar especial” em 24 de fevereiro para desmilitarizar e “desnazificar” a Ucrânia. Kiev e seus aliados ocidentais rejeitam isso como um falso pretexto. A Rússia negou o uso de armas proibidas ou contra civis.
Mais da metade dos refugiados entraram na União Europeia pela Polônia, onde muitos tinham familiares e outras conexões vivendo na maior comunidade ucraniana da região antes da guerra.
Na Europa Central e Oriental, muitos moradores correram para a fronteira no início da guerra, levando suprimentos para refugiados cansados, muitos dos quais enfrentaram longas e angustiantes jornadas em busca de segurança.
Agora, o foco mudou para o longo prazo, à medida que as cidades atingem a capacidade habitacional, disse a coordenadora do programa de migração People in Need, Katarina Pleskot Kollarova. Muitos permanecem em alojamentos temporários com famílias ou hotéis que precisam do espaço para a próxima temporada turística, acrescentou.
“A primeira resposta foi muito boa, mas agora os governos precisam pensar na perspectiva de longo prazo”, disse Kollarova, cujo grupo tem cerca de 140 pessoas trabalhando na Ucrânia.
“Está ficando difícil, por exemplo, encontrar lugares em Praga e é mais difícil manter famílias grandes juntas.”
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Soldado ucraniano na linha de frente no Donbass, região leste da Ucrânia. As tropas se preparam para "nova fase" da ofensiva russa na região; veja imagens • Wolfgang Schwan/Anadolu Agency via Getty Images
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De acordo com um especialista ouvido pela CNN, a batalha na região pode desencadear o maior conflito entre tropas desde a Segunda Guerra Mundial • Diego Herrera Carcedo/Anadolu Agency via Getty Images
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“Agora podemos dizer que as forças russas iniciaram a batalha de Donbass, para a qual se prepararam há muito tempo”, disse Volodymyr Zelensky, presidente da Ucrânia • Diego Herrera Carcedo/Anadolu Agency via Getty Images
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O exército da Ucrânia está se preparando para um novo ataque russo no lado leste do país desde que Moscou retirou suas forças de perto da capital Kiev e do norte ucraniano no final do mês passado • Diego Herrera Carcedo/Anadolu Agency via Getty Images
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O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, confirmou que Moscou está iniciando uma nova etapa do que chamam “operação militar especial”, e disse ter “certeza que este será um momento muito importante” do conflito. • Diego Herrera Carcedo/Anadolu Agency via Getty Images
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Forças ucranianas disparam míssil GRAD contra tropas russas na região do Donbass, em 10 de abril de 2022 • Wolfgang Schwan/Anadolu Agency via Getty Images
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Soldado ucraniano com veículo de disparo de míssil GRAD contra tropas russas na região do Donbass; há grande expectativa pelo envio de armas por parte de aliados do Ocidente • Wolfgang Schwan/Anadolu Agency via Getty Images
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“Estamos preparados para usar qualquer tipo de equipamento, mas ele precisa ser entregue com muita rapidez. E temos a capacidade de aprender a usar novos equipamentos. Mas precisa ser rápido", disse Zelensky • Wolfgang Schwan/Anadolu Agency via Getty Images
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”A artilharia não chegou, e isso faz com que os ucranianos estejam ainda em condições inferiores nesse combate. Os russos têm apoio por terra, mar — Ucrânia não tem mais marinha — e tem duas pontes sob o Estreito de Kerch que ajudam na logística russa”, disse à CNN o professor do Instituto de Estudos Estratégicos da UFF e pesquisador de Harvard, Vitelio Brustolin • Diego Herrera Carcedo/Anadolu Agency via Getty Images
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O movimento russo pode também tentar “completar o cerco e tomar Odessa e Kherson”, localizadas no sul ucraniano, o que tiraria o acesso da Ucrânia ao mar. “90% dos países que não têm acesso ao mar são pobres”, observou Brustolin • Diego Herrera Carcedo/Anadolu Agency via Getty Images
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Soldados ucranianos na linha de frente no Donbass em 11 de abril de 2022 • Diego Herrera Carcedo/Anadolu Agency via Getty Images
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Soldados ucranianos na linha de frente no Donbass em 11 de abril de 2022 • Diego Herrera Carcedo/Anadolu Agency via Getty Images
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“É por isso que é muito importante para nós não permitirmos que eles se mantenham firmes, porque esta batalha pode influenciar o curso de toda a guerra”, disse Zelensky sobre a batalha em Donbass • Diego Herrera Carcedo/Anadolu Agency via Getty Images
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Soldados ucranianos na linha de frente no Donbass, leste da Ucrânia, em 12de abril de 2022, disparando um projétil de artilharia • Diego Herrera Carcedo/Anadolu Agency via Getty Images
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Bunker ucraniano em Donbass • Diego Herrera Carcedo/Anadolu Agency via Getty Images
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Soldados ucranianos na linha de frente no Donbass em 11 de abril de 2022 • Diego Herrera Carcedo/Anadolu Agency via Getty Images
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Tanque na linha de frente no Donbass • Diego Herrera Carcedo/Anadolu Agency via Getty Images