Mais de 400 crianças morrem ou ficam feridas todos os dias na Faixa de Gaza, diz Unicef
Cerca de 3.500 crianças foram mortas e mais de 6.800 ficaram feridas nos últimos 25 dias de “bombardeio contínuo” de Israel
Mais de 400 crianças estão sendo mortas ou feridas diariamente nos ataques de Israel à Faixa de Gaza, disse a agência das Nações Unidas para a criança na quarta-feira (1º), ao reiterar os apelos por um cessar-fogo humanitário imediato.
Cerca de 3.500 crianças foram mortas e mais de 6.800 crianças ficaram feridas nos últimos 25 dias de “bombardeio contínuo” desde 7 de outubro, afirmou a Unicef em um comunicado.
“Isto não pode tornar-se o novo normal. As crianças já suportaram muita coisa. A matança e o cativeiro de crianças devem acabar. As crianças não são um alvo”, afirma o comunicado, divulgado após o 2º dia consecutivo de ataques aéreos israelenses mortais no campo de refugiados de Jabalia, no norte de Gaza.
“As cenas de carnificina ocorridas no campo de Jabalia, na Faixa de Gaza, após os ataques de ontem e de hoje, são horríveis e aterradoras”, afirmou a UNICEF.
A agência da ONU disse que ainda não tem estimativas do número de mortes de crianças no campo.
Autoridades médicas no local disseram à CNN que centenas de pessoas ficaram feridas e mortas, incluindo muitas crianças, após os ataques aéreos.
Os militares israelenses disseram que atacaram e mataram vários militantes do Hamas no campo e afirmam que fazem tudo o que podem para minimizar as baixas civis. O Hamas negou veementemente na terça-feira a presença de um de seus comandantes no campo.
A Unicef afirmou que os campos de refugiados estão protegidos pelo direito internacional e que as “partes em conflito” têm a obrigação de respeitar e proteger os civis de ataques.
“A Unicef reitera o seu apelo urgente a todas as partes no conflito para um cessar-fogo humanitário imediato, para garantir a proteção de todas as crianças, e para um acesso humanitário seguro e desimpedido para fornecer ajuda vital em grande escala em toda a Faixa de Gaza, de acordo com o Direito Humanitário Internacional”, diz o comunicado.