Mais de 100 combatentes do Azov aguardam julgamento, diz líder separatista de Donetsk
Governos ocidentais e grupos de direitos humanos temem que os condenados possam enfrentar pena de morte
Mais de 100 combatentes do Azov da Ucrânia serão julgados, disse Denis Pushilin, líder da República Popular de Donetsk (RPD) separatista apoiada pela Rússia.
“Eles já foram transferidos dos locais onde foram mantidos como prisioneiros para o centro de detenção preventiva. Todas as outras etapas estão sendo preparadas para eles. Um tribunal os espera”, disse Pushilin na quarta-feira no canal de notícias Solovyov Live, transmitido pelo Telegram.
Últimos combatentes: A usina siderúrgica Azovstal em Mariupol — o último reduto da resistência ucraniana na cidade do sul ocupada pelos russos — caiu para as forças russas em maio, quando o último grupo de combatentes da usina se rendeu.
Na época, as autoridades russas disseram que mais de 1.700 combatentes que defendiam a siderúrgica haviam saído e estavam detidos ou hospitalizados na autoproclamada RPD.
Governos ocidentais e grupos de direitos humanos temem que os condenados possam enfrentar a pena de morte.
Caminho aberto para execuções: Na sexta-feira passada, o parlamento da República Popular de Donetsk aboliu sua proibição de execuções, informou a agência de notícias estatal russa TASS.
Yelena Shishkina, que preside o comitê de direito penal e administrativo do parlamento, disse que “a opção de usar a pena capital servirá como um impedimento contra crimes muito graves”, segundo a TASS.
Os britânicos Shaun Pinner e Aiden Aslin, e o marroquino Brahim Saadoune, apelam das sentenças de morte depois de serem condenados por serem “mercenários” da Ucrânia por um tribunal da RPD.
Anteriormente, Shishkina descartou a possibilidade de libertar quaisquer combatentes Azov como parte de uma troca de prisioneiros.