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    Mãe processa empresa de chatbot Character.AI e Google por suicídio de filho

    Segundo ela a empresa programou o chatbot para "se fazer passar por uma pessoa real" fazendo com que seu filho não quisesse "viver fora" do mundo criado pelo serviço

    Brendan Piersonda Reuters

    Uma mãe do estado da Flórida processou a startup Character.AI, de inteligência artificial que usa chatbots, com a acusação de causar o suicídio de seu filho de 14 anos em fevereiro, argumentando que ele ficou viciado no serviço oferecido pela empresa e profundamente apegado ao chatbot criado.

    Em um processo movido na terça-feira no Tribunal Federal de Orlando, Flórida, Megan Garcia afirmou que a empresa direcionou seu filho, Sewell Setzer, para “experiências antropomórficas, hipersexualizadas e assustadoramente realistas”.

    Segundo ela, a empresa programou o chatbot para “se fazer passar por uma pessoa real, um psicoterapeuta licenciado e um amante adulto, resultando, por fim, no desejo de Sewell de não mais viver fora” do mundo criado pelo serviço.

     

    O processo também inclui o Google, da Alphabet, onde os fundadores da Character.AI trabalharam antes de lançar seu produto. O Google recontratou os fundadores em agosto como parte de um acordo que concedeu uma licença não exclusiva à tecnologia da Character.AI.

    Garcia sustenta que o Google contribuiu tanto para o desenvolvimento da tecnologia da empresa que poderia ser considerado um co-criador.

    Empresas de redes sociais, incluindo o Instagram e o Facebook, de propriedade da Meta, e o TikTok, da ByteDance, enfrentam processos que as acusam de contribuir para problemas de saúde mental em adolescentes, embora nenhuma ofereça chatbots movidos a inteligência artificial semelhantes aos da Character.AI.

    As empresas negam as alegações, enquanto promovem novos recursos de segurança aprimorados para menores.

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