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    Mãe de refém israelense-americano diz que ficou abalada com vídeo do Hamas

    Grupo radical divulgou imagens em que Edan Alexander pede que Donald Trump o liberte

    Jennifer HauserLauren Izsoda CNN

    A mãe do refém israelense-americano Edan Alexander disse que recebeu garantias do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, de que “as condições estão maduras” para um acordo para libertação das pessoas detidas na Faixa de Gaza.

    Isso aconteceu poucas horas depois que o Hamas divulgou um vídeo de Alexander implorando ao líder israelense e presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, por sua libertação.

    Yael Alexander, cujo filho Edan foi sequestrado em 7 de outubro do ano passado, afirmou que ficou “abalada com o vídeo”.

    A fala foi feita diante de milhares em um comício na noite deste sábado (30) na “Praça dos Reféns”, em Tel Aviv, onde as famílias dos reféns se reúnem toda semana há meses para pedir ao governo que os traga para casa.

    Mais cedo neste sábado, o Hamas divulgou um vídeo mostrando Alexander implorando a Netanyahu e Trump para não esquecê-lo e fazer o que puderem para libertar os reféns restantes em Gaza.

    Embora o Hamas tenha divulgado vídeos semelhantes no passado, este foi o primeiro em que Alexander apareceu. Sua família consentiu com a divulgação do vídeo pela imprensas.

    A mãe de Alexander pontuou à multidão em Tel Aviv que ela havia sido contatada por Netanyahu após a divulgação do vídeo.

    “Meu Edan, meu amor, sentimos muito sua falta. Quero dizer que após seu pedido, há cerca de uma hora, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu me ligou. Ele me fortaleceu e me garantiu que agora, após o acordo no Líbano, as condições estão maduras para libertá-lo e trazê-lo para casa”, destacou.

    Ela se referiu a um acordo de cessar-fogo de 60 dias que entrou em vigor entre Israel e o Hezbollah no Líbano na quarta-feira (27). As famílias dos reféns estão esperançosas de que, após o cessar-fogo no Líbano, um acordo possa finalmente ser feito para trazer seus entes queridos de Gaza para casa.

    Alexander parece estar sob pressão no vídeo, pois ele afirma que foi mantido em cativeiro por mais de 420 dias. Sábado marca 421 dias desde que a guerra entre Israel e Hamas começou.

    A CNN não pode confirmar de forma independente quando o vídeo foi gravado, mas Alexander reconhece que Trump foi eleito presidente dos EUA, pois ele o convoca a usar a influência do país para fazer com que os reféns voltem para casa e critica o governo Biden.

    “Por favor, não cometa o erro que Biden vem cometendo”, ele diz no vídeo.

    Alexander também ressalta que não quer “acabar morto como meu colega cidadão dos EUA, Hersh” – uma referência ao americano-israelense Hersh Goldberg Polin, que foi morto em cativeiro pelo Hamas em agosto.

    Netanyahu diz que vídeo é “guerra psicológica”

    O primeiro-ministro israelense confirmou que havia falado com a família de Alexander após o que seu gabinete chamou de “vídeo brutal de guerra psicológica em que um importante e emocionante sinal de vida foi recebido de Edan”.

    Netanyahu disse que sentiu a agonia da família e que “Israel está trabalhando com determinação e de todas as maneiras para levá-los para casa, junto com todos os sequestrados que estão nas mãos do inimigo”.

    Um porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, Sean Savett, classificou o vídeo como “um lembrete cruel do terror do Hamas contra cidadãos de vários países, incluindo o nosso” e informou que entrou em contato com a família de Edan.

    O porta-voz comentou que o Hamas era o culpado por se recusar até agora a fazer um acordo para libertar os reféns.

    No entanto, ele acrescentou que um acordo estava “na mesa agora” e que “como (o presidente Joe Biden) disse na semana passada, temos uma oportunidade crítica de concluir o acordo para libertar os reféns, parar a guerra e aumentar a assistência humanitária em Gaza”.

    Entenda o conflito na Faixa de Gaza

    Israel realiza intensos ataques aéreos na Faixa de Gaza desde o ano passado, após o Hamas ter invadido o país e matado 1.200 pessoas, segundo contagens israelenses. Além disso, o grupo radical mantém dezenas de reféns.

    O Hamas não reconhece Israel como um Estado e reivindica o território israelense para a Palestina.

    O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, prometeu diversas vezes destruir as capacidades militares do Hamas e recuperar as pessoas detidas em Gaza.

    Além da ofensiva aérea, o Exército de Israel faz incursões terrestres no território palestino. Isso fez com que grande parte da população de Gaza fosse deslocada.

    A ONU e diversas instituições humanitárias alertaram para uma situação humanitária catastrófica na Faixa de Gaza, com falta de alimentos, medicamentos e disseminação de doenças.

    A população israelense faz protestos constantes contra Netanyahu, acusando o premiê de falhar em fazer um acordo de cessar-fogo para os reféns sejam libertados. 

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