Maduro diz que Venezuela terá novos investidores estrangeiros de gás e petróleo
Anúncio de contratos acontece após EUA oficializarem o restabelecimento de sanções
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou que o país vai assinar contratos com 20 investidores estrangeiros para exploração de petróleo e gás. O anúncio ocorre um dia depois de os Estados Unidos oficializarem o restabelecimento de sanções ao setor venezuelano.
“Neste mês de abril, estão sendo assinados 20 contratos de aliança estratégica com 20 novos investidores, todos internacionais, que estão envolvidos na produção de petróleo e gás na Venezuela”, pontuou o presidente durante reunião com trabalhadores da Petróleos de Venezuela (PDVSA), empresa estatal.
“O mercado internacional precisa do petróleo venezuelano, do gás venezuelano, e já estamos em condições de crescer de forma sustentável”, afirmou Maduro.
Ao se referir ao levantamento parcial das sanções pelos Estados Unidos, Maduro destacou: “Não haverá bloqueio, sanções ou licenças que impeçam o crescimento do petróleo venezuelano, do gás venezuelano ou da petroquímica”.
Os Estados Unidos decidiram restabelecer algumas das sanções ao setor de petróleo e gás da Venezuela, segundo um documento compartilhado pelo Departamento do Tesouro americano.
O texto indica também a proibição de realizar transações com qualquer entidade sediada na Rússia ou controlada por qualquer pessoa com residência na Rússia.
O anúncio significou a expiração automática da licença 44 que permitia a maioria das petrolíferas norte-americanas de fazer negócios na Venezuela e à PDVSA vender o seu petróleo no país norte-americano, bem como utilizar o seu sistema financeiro para pagar aos credores e cobrar dívidas.
As sanções estavam suspensas desde outubro de 2023 graças à chamada licença 44, concedida na época pelo Governo dos Estados Unidos. No entanto, Washington decidiu não prorrogar mais esta licença devido a preocupações relacionadas com a democracia na Venezuela.
A Justiça venezuelana desqualificou a candidatura da líder da oposição María Corina Machado e da sua substituta, Corina Yoris, enfrentou dificuldades para se registar como candidata nas eleições presidenciais que serão realizadas em 28 de julho.