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    Macron quer bloqueio total de exportações de carvão e petróleo russos para Europa

    Presidente francês disse que há “sinais muito claros” que crimes de guerra foram cometidos na cidade ucraniana de Bucha

    Joseph AtamanElias Lemercierda CNN

    O presidente francês Emmanuel Macron disse que é “seu desejo” ver um bloqueio total às exportações russas de carvão e petróleo para a União Europeia “esta semana”, após a descoberta do que ele descreveu como “crimes de guerra” na cidade ucraniana de Bucha.

    Falando nesta segunda-feira (4) à emissora francesa France Inter, Macron disse que há “sinais muito claros” que crimes de guerra foram cometidos em Bucha e “está bem estabelecido que é o exército russo” que é responsável por eles.

    “Não podemos deixar passar. Devemos ter sanções que dissuadam com o que aconteceu lá [em Bucha], e o que está acontecendo em Mariupol”, disse.

    Macron disse que teria discussões com seus parceiros europeus nesta semana sobre novas sanções.

    “Aqueles que estão por trás desses crimes devem responder por eles”, disse ele.

    “Devemos enviar um sinal muito claro de que é nossa dignidade coletiva e são nossos valores que defendemos”, acrescentou. “Não há paz sem justiça.”

    A França está pronta para ajudar a Ucrânia em sua investigação dos eventos em Bucha, disse Macron, mas se recusou a afirmar se o presidente russo, Vladimir Putin, deve ser julgado pelo que aconteceu lá.

    Eleições

    A França se prepara para uma eleição presidencial na próxima semana. Pesquisas de opinião mostram que a longa liderança de Macron sobre os candidatos rivais cresceu nas últimas semanas, com os eleitores aprovando seus esforços diplomáticos antes e durante a guerra da Ucrânia.

    Ele é visto ganhando o primeiro turno das eleições em 10 de abril e vencendo qualquer adversário em um segundo turno em 24 de abril.

    Pesquisas de opinião nas últimas semanas mostram que Macron ganhou até 30,5% dos votos no primeiro turno, acima dos cerca de 25% do mês passado.

    Mas mesmo que ele continue a ganhar a reeleição, Macron precisará de seu partido central La Republique en Marche (LaRem) — que falhou em todas as eleições locais recentes — e de seus aliados para ganhar uma eleição parlamentar em junho, se ele quiser ter uma base forte para implementar suas políticas.

    Foi uma campanha presidencial incomum, primeiramente dominada pela ascensão de um novo candidato de extrema-direita, Eric Zemmour, e agora em grande parte ofuscada pela guerra na Ucrânia.