Macron comenta queda do governo sírio: “A barbárie caiu”
Presidente francês comemora fim do regime sírio e presta homenagem ao povo; Alemanha e China também se manifestam sobre a situação no país
O presidente da França, Emmanuel Macron, comentou a queda do governo de Bashar al-Assad na Síria através de uma publicação nas redes sociais neste domingo (8). “O Estado de barbárie caiu”, declarou Macron, prestando homenagem ao povo sírio.
Em publicação, o líder francês expressou desejos de paz, liberdade e unidade para a Síria, afirmando que a França continuará comprometida com a segurança de todos no Oriente Médio. O Ministério de Relações Exteriores francês também se manifestou, chamando este de ‘um dia histórico para a Síria e o povo sírio’. O comunicado destacou os mais de 13 anos de repressão violenta contra opositores do regime, referindo-se ao início da guerra civil em 2011.
Relações históricas entre França e Síria
A França tem uma relação histórica com a Síria, tendo assumido o mandato sobre o país após a derrota do Império Otomano em 1920. A Síria permaneceu como protetorado francês até sua independência em 1946. Essa conexão histórica explica a presença de muitos refugiados sírios na França e o uso ainda comum do francês na Síria.
Repercussões internacionais
A Alemanha também se pronunciou sobre o fim do regime de Assad. A chefe da diplomacia alemã, Annalena Baerbock, declarou que isso representa ‘um primeiro grande alívio para milhões de pessoas na Síria’. O país europeu apelou às partes envolvidas para que assumam suas responsabilidades para com todos os sírios.
A China, por sua vez, emitiu um comunicado afirmando que está acompanhando de perto a evolução da situação na Síria e espera que o país retorne à estabilidade o mais rápido possível. Pequim também orientou seus cidadãos a deixarem a Síria rapidamente e garantiu que sua embaixada no país está segura.
A Organização das Nações Unidas (ONU), através de seu enviado especial para a Síria, expressou ‘esperança cautelosa’ para a abertura de um novo capítulo no país. A organização pediu a todos os sírios que priorizem o diálogo, a unidade e o respeito pelo direito humanitário internacional e pelos direitos humanos enquanto buscam reconstruir sua sociedade.