Lula pede para a diplomacia brasileira não desistir de mobilização pelo fim da guerra
Ideia é apresentar uma nova resolução ou um comunicado público assinado pelos países que fazem parte do Conselho de Segurança da ONU
Mesmo com o embargo dos Estados Unidos à resolução do Brasil, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pediu para a diplomacia brasileira se manter mobilizada pela pacificação do conflito entre Israel e Hamas.
Segundo relatos feitos à CNN, Lula tem pregado a necessidade de o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) –presidido pelo Brasil durante todo o mês de outubro– não se omitir neste momento.
Vídeo: Veto mostra que Conselho de Segurança falhou, diz representante do Brasil na ONU
A ideia é apresentar uma nova resolução ou um comunicado público assinado pelos países que fazem parte do seleto grupo.
Um dos argumentos utilizados por diplomatas americanos é o de que a resolução brasileira poderia ganhar o apoio dos Estados Unidos em segundo momento. O presidente Joe Biden fora de Israel geraria menos desconforto diplomático para os americanos.
Lula também tratou sobre a guerra numa reunião por videoconferência com ministros palacianos na manhã desta quinta-feira (19).
O petista reafirmou a necessidade de integrantes do governo serem cautelosos em afirmações públicas, evitando criar embaraços em momento considerado sensível.
O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, representará o Brasil na reunião chamada pelo Egito para discutir a situação na Faixa de Gaza. O encontro está marcado para sábado (21).
O evento foi convocado em meio à escalada do conflito entre o Hamas e Israel. O esforço é na tentativa de evitar que o combate se espalhe pelo Oriente Médio. Além do Brasil e Egito, também devem participar Iraque, Turquia e Catar.
Lula tem defendido que se aguarde o resultado do encontro para uma nova reunião no âmbito do Conselho de Segurança da ONU.
A avaliação de integrantes da diplomacia brasileira é de que o conflito em Israel tem mais chances de ser amenizado com tratativas com a comunidade árabe do que no âmbito das superpotências mundiais.