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    Lula diz que parceria com EUA é tentativa de criar “novo marco de funcionamento na relação capital e trabalho”

    Presidentes do Brasil e dos EUA falaram em entrevista coletiva à imprensa nesta quarta-feira (20), após assinar a Parceria pelos Direitos dos Trabalhadores e Trabalhadoras

    Fernanda Pinottida CNN , em São Paulo

    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse, nesta quarta-feira (20), que a parceria firmada com os Estados Unidos busca “criar um novo marco de funcionamento na relação capital e trabalho. Uma relação do século 21, civilizada.”

    Lula disse que a parceria instala “uma mesa de negociação entre sindicato, governo e empresários” e também tanta construir “uma perspectiva de emprego decente nas plataformas que oferecem serviço precário”.

    A fala foi feita em entrevista coletiva após assinar, junto ao presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, a Parceria pelos Direitos dos Trabalhadores e Trabalhadoras.

    O presidente brasileiro também defendeu a sindicalização dos trabalhadores: “Todas as pessoas que acreditam que um sindicato fraco vai fazer com que o empresário ganhe mais e o país fique melhor está errado. Não há democracia sem sindicato forte. O sindicato é quem fala pelo trabalhador para tentar defender seus direitos.”

    Lula ainda citou uma fala dita por Biden em um de seus discursos anteriores, no qual o presidente americano disse que a riqueza dos Estados Unidos não foi feita por empresários, e sim pelos trabalhadores.

    “Todo ser humano, homem ou mulher, preto ou branco, tem direito ao trabalho decente”, afirmou Lula.

    5 pontos principais da Parceria pelos Direitos dos Trabalhadores e Trabalhadoras

    Os chefes de Estado divulgaram uma declaração conjunta afirmando “o compromisso mútuo com os direitos dos trabalhadores e a promoção do trabalho digno”.

    Na entrevista, eles destacaram os cinco principais pontos da parceria:

    1. Proteger os direitos dos trabalhadores, tal como descritos nas convenções fundamentais da OIT [Organização Internacional do Trabalho], capacitando os trabalhadores, acabando com exploração de trabalhadores, incluindo trabalho forçado e trabalho infantil;
    2. Promoção do trabalho seguro, saudável e decente, e responsabilização no investimento público e privado;
    3. Promover abordagens centradas nos trabalhadores para as transições digitais e de energia limpa;
    4. Aproveitar a tecnologia para o benefício de todos;
    5. Combater a discriminação no local de trabalho, especialmente para mulheres, pessoas LGBTQI e grupos raciais e étnicos marginalizados.

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