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    Lula deve aproveitar cúpula do G7 para fazer aceno a EUA e Europa

    Após repercussão negativa das falas sobre Ucrânia e visita de Lavrov ao Brasil, presidente deve aproveitar ida a Hiroshima para equilibrar relações, dizem aliados do presidente à CNN

    Priscila Yazbek

    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve aceitar o convite do primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, para participar da cúpula do G7, grupo que reúne os países mais industrializados do mundo.

    Fontes do governo afirmam à CNN que, depois da repercussão negativa das falas de Lula sobre a guerra na Ucrânia entre União Europeia e Estados Unidos, o presidente deve aproveitar o encontro em Hiroshima para fazer um aceno aos líderes do Ocidente.

    Uma das fontes do Planalto diz que Lula já iria de qualquer jeito ao G7 e só não confirmou a viagem ainda apenas por uma questão de agenda, já que o adiamento da ida à China atrapalhou o cronograma. O convite deve ser aceito até porque foi a primeira vez que o Brasil foi convidado a comparecer à cúpula desde os primeiros mandatos de Lula.

    A cúpula acontece entre os dias 19 e 21 de maio.

    O presidente também deve participar da coroação do Rei Charles III, na Abadia de Westminster, em Londres, no dia 6 de maio, como adiantou o analista da CNN Gustavo Uribe.

    A decisão de ir à Inglaterra também tem relação com a tentativa do governo de colocar panos quentes nas declarações sobre a guerra.

    Na segunda-feira (17), Estados Unidos e União Europeia rebateram as declarações de Lula, nas quais o presidente insinuou que EUA e UE teriam propiciado o prolongamento da guerra e que a decisão da batalha teria sido tomada “por dois países”.

    Em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes, no domingo (16), Lula afirmou: “O presidente Putin não toma iniciativa de paz. O Zelensky não toma iniciativa de paz. A Europa e os Estados Unidos terminam dando contribuição para a continuidade dessa guerra”.

    O porta-voz da Casa Branca, John Kirby, disse que Lula “está reproduzindo propaganda russa e chinesa” e que os comentários foram “simplesmente equivocados”.

    A fala do ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Sergei Lavrov, de que Brasil e Rússia têm visões alinhadas, durante visita à Brasília, seria mais um motivo para Lula acenar ao grupo de países do Ocidente.