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    Lula defende ampliação do Brics e cita Arábia Saudita, Emirados Árabes e Argentina

    Durante entrevista a correspondentes estrangeiros no Planalto, o presidente disse que acha importante permitir a entrada de novos países "que cumpram as exigências" no grupo e criticou existência do G7

    Pedro Teixeirada CNN , em Brasília

    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu nesta quarta-feira (2) a inclusão de novos países no Brics – grupo formando por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.

    Durante entrevista a correspondentes estrangeiros, Lula defendeu a entrada de nações como Arábia Saudita, Argentina e Emirados Árabes Unidos. Segundo o presidente, os representantes do Brics poderiam discutir a possibilidade de adesão de novas nações se houver consenso.

    Os presidentes dos países do Brics se reúnem na África do Sul, no final deste mês.

    “Possivelmente nessa reunião, a gente já possa decidir, por consenso, quais os países novos que poderão entrar para os Brics. Eu acho extremamente importante a gente permitir que outros países, que cumprem as exigências, entrarem para os Brics. Do ponto de vista mundial, eu acho que os Brics podem ter uma papel essencial na economia”, disse Lula.

    “Eu acho extremamente importante a Arábia Saudita entrar nos Brics. Acho extremamente importante os Emirados Árabes, se quiserem entrar, entrarem nos Brics, a Argentina…”, citou o presidente.

    Lula também comentou que espera uma postura mais “generosa” do Banco dos Brics. Atualmente, o banco é chefiado pela ex-presidente brasileira Dilma Rousseff.

    “Eu acho que o Banco dos Brics tem que ser mais eficaz e mais generoso do que o FMI [Fundo Monetário Internacional]. Ou seja, um banco ele existe para ajudar a salvar o país e não para ajudar a afundar o país, que é o que o FMI faz muitas vezes”, disse Lula.

    Ao defender a possibilidade de ampliação do Brics como uma força política internacional, o presidente aproveitou para criticar o G7, grupo de sete países mais industrializados do mundo, e afirmou que ele já deveria ter sido substituído pelo G20.

    “Espero que um dia as pessoas percebam que o jeito de discutir política no G7 está superado. É preciso abrir. Na verdade, o G7 nem deveria existir depois da criação do G20. Porque são as mesmas pessoas”, afirmou.

    O Brasil participou da última reunião do G7, no Japão, como país convidado, e é membro do G20.

    Veja também: Investimentos da Arábia Saudita no Brasil

    A declaração de Lula, citando a Arábia Saudita, ocorre dias depois que o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), Geraldo Alckmin, recebeu uma comitiva do país em evento na Fiesp, na segunda-feira (31).

    No evento, empresas brasileiras e os sauditas assinaram 25 acordos para comércio bilateral e investimentos. O ministro de investimento do Reino da Arábia Saudita, Khalid Al Falih, se mostrou otimista em relação ao avanço da parceria entre os países.

    “O Brasil e a Arábia Saudita, dois membros orgulhosos do G20 e produtores de energia, estão bem posicionados para serem parceiros estratégicos, sendo nós líderes econômicos de nossas respectivas regiões”, disse o saudita.

    “Com nossos interesses estratégicos alinhados e os setores privados fortes, poderíamos nos tornar um dos cinco principais investidores na economia um do outro. Acredito que isso será possível”, completou.

    *Com informações da Reuters e de Danilo Moliterno, da CNN

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