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    Lourival Sant’Anna: Conflito militar entre Otan e Rússia está cada dia mais próximo

    O analista de internacional da CNN Lourival Sant'Anna comenta a invasão russa da Ucrânia que começou na madrugada desta quinta-feira (24)

    Fernanda Pinottida CNN

    Em São Paulo

    A Rússia deu início uma invasão da Ucrânia na madrugada desta quinta-feira (24). O analista de internacional da CNN Lourival Sant’Anna avalia que “estamos cada dia mais próximos de um conflito militar entre Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e Rússia, mas ainda não chegamos a esse ponto”.

    A Otan precisa defender os países membros que fazem fronteira com a Rússia – os países bálticos são a maior preocupação no momento por conta da alta concentração de soldados russos na fronteira com Belarus.

    A CNN conseguiu confirmar que ao menos 16 regiões estão sob atacaque na Ucrânia, inclusive a capital Kiev. “Mas provavelmente mais cidades estão sob ataque [russo]”, de acordo com  Sant’Anna.

    Há várias semanas, os portos das cidades ucranianas de Mariupol e Odessa estão praticamente bloqueados pela presença de dezenas de navios de guerra e submarinos russos no mar. Por eles passam cerca de 80% do comércio ucraniano, que agora está paralisado.

    “Um objetivo claro desta operação é tomar toda a costa sul da Ucrânia, impedindo que o país tenha acesso ao mar”, afirmou o analista da CNN. No entanto, o avistamento de caminhões com tropas russas saindo de Belarus em direção a fronteira com a Ucrânia deixa claro que o objetivo é maior. De acordo com Sant’Anna, “a Rússia pretende tomar Kiev e as principais cidades do país”.

    Entenda o ataque russo

    Após semanas de tensão, a Rússia atacou a Ucrânia nas primeiras horas da madrugada desta quinta-feira (24). Uma operação militar nas regiões separatistas do leste ucraniano, explosões e sirenes foram ouvidas em várias cidades do país.

    Autoridades da Ucrânia informaram que pelo menos 50 pessoas morreram e seis aviões russos teriam sido destruídos. Na manhã desta quinta, longas filas se formaram nas principais avenidas de Kiev com moradores tentando deixar a região. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, convocou a população para defender o país e disse que “cidadãos podem utilizar armas para defender território”.

    Em seu pronunciamento antes do ataque, Putin justificou a ação ao afirmar que a Rússia não poderia “tolerar ameaças da Ucrânia”. Putin recomendou aos soldados ucranianos que “larguem suas armas e voltem para casa”. O líder russo afirmou ainda que não aceitará nenhum tipo de interferência estrangeira.