Lituânia se torna o primeiro estado-membro da UE a recusar importações de gás russo
União Europeia comprometeu-se a reduzir a sua dependência do gás russo em 66% até ao final deste ano


A Lituânia se tornou o primeiro estado-membro da União Europeia a recusar as importações de gás russo, de acordo com a primeira-ministra do país.
“De agora em diante, a Lituânia não consumirá um centímetro cúbico de gás russo tóxico”, disse Ingrida Šimonytė em um tweet no domingo.
Isso torna a Lituânia o “primeiro país da UE” a recusar as importações de gás russo, acrescentou.
A UE comprometeu-se a reduzir a sua dependência do gás russo em 66% até ao final deste ano.
Dependência
A União Europeia depende da Rússia para cerca de 40% do seu gás natural. A Rússia também fornece cerca de 27% de suas importações de petróleo e 46% de suas importações de carvão. Juntos, esse comércio vale dezenas de bilhões de dólares por ano para a Rússia.
A UE prometeu diversificar seus suprimentos de energia antes, principalmente em 2014, quando a Rússia anexou a Crimeia da Ucrânia. Pouco progresso foi feito, em parte porque a Alemanha – o maior cliente de energia da Rússia na Europa – não queria atritos com Moscou.
Mas a decisão do presidente Vladimir Putin de ordenar a invasão do mês passado mudou tudo isso.
No início de março, autoridades da UE traçaram planos para reduzir as importações de gás russo em 66% este ano.
Alguns dias depois, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, disse que os líderes do bloco concordaram em passar os próximos dois meses elaborando propostas para eliminar a dependência da UE das importações de energia da Rússia até 2027.
E em 25 de março, o presidente dos EUA, Joe Biden, anunciou uma nova iniciativa que inclui os Estados Unidos trabalhando para fornecer à Europa pelo menos 15 bilhões de metros cúbicos de gás natural liquefeito em 2022, em parceria com outras nações, disse a Casa Branca.
No geral, a dependência da Europa do gás e do petróleo russos provou ser um grande ponto de discórdia nos esforços ocidentais para punir Moscou por sua invasão da Ucrânia. Enquanto os EUA proibiram as importações de energia da Rússia, a Europa mostrou dificuldades em cortar seus suprimentos.
Mark Thompson e Kevin Liptak, da CNN, contribuíram com reportagens para este post.