Lituânia declarar Rússia como terrorista é “extremismo”, diz porta-voz russa
Porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Kremlin disse que declaração é "provocação, extremismo e hipocrisia política"
A decisão da Lituânia de declarar a Rússia “um Estado que apoia e perpetra o terrorismo” é provocadora e extremista, disse nesta quarta-feira (11) a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores russo, Maria Zakharova, em um comentário na rádio russa Sputnik.
“Países que adotam tais documentos, declarações e posicionamentos tomam medidas extremistas — não há outra maneira de chamá-la. Todos estes países são membros da Otan. Durante as últimas décadas, temos visto repetidamente as ações ilegais e agressivas da Otan que levaram a grandes perdas de vidas”, disse Zakharova.
“Isto deve ser tratado exatamente como um elemento de provocação, extremismo e hipocrisia política”, acrescentou.
O parlamento lituano, o Seimas, aprovou na terça-feira (10) uma resolução declarando a invasão russa da Ucrânia como um “genocídio” e a Rússia um perpetrador de terrorismo.
O parlamento também solicitou a criação de um tribunal internacional para investigar os supostos crimes de guerra russos na Ucrânia.
“Temos claramente razões para chamar isto de um ato de genocídio”, disse o Ministro das Relações Exteriores da Lituânia, Gabrielius Landsbergis, em uma entrevista à CNN em Washington.
“Putin afirmou claramente que não acredita que a Ucrânia tenha o direito de existir como país e está tentando provar seu ponto de vista matando basicamente cidades civis inteiras cheias de civis”, concluiu.