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    Ligação entre Biden e Putin não diminui ameaça de invasão à Ucrânia, diz oficial à CNN

    De acordo com o oficial, a Rússia pode decidir prosseguir com a ação militar de qualquer maneira

    Natasha Bertrandda CNN

    A ligação de uma hora do presidente Joe Biden com o presidente russo, Vladimir Putin, na manhã deste sábado (12), foi profissional e substantiva, disse um alto funcionário do governo americano à CNN, mas não houve mudança fundamental na dinâmica que vem se desenrolando há várias semanas, segundo essa mesma fonte.

    De acordo com o oficial, os dois presidentes concordaram que nossas equipes permanecerão engajadas nos próximos dias. Para ele, a Rússia pode decidir prosseguir com a ação militar de qualquer maneira. Na verdade, essa é uma possibilidade distinta.

    A ligação ocorre um dia depois de o conselheiro de segurança nacional dos Estados Unidos, Jake Sullivan, ter alertado que a Rússia poderia estar se preparando para atacar a Ucrânia antes do final das Olimpíadas de Pequim em 20 de fevereiro e disse aos americanos na Ucrânia que deveriam deixar o país dentro de 48 horas.

    Os EUA continuaram a reduzir sua presença diplomática em Kiev, disse a autoridade, ecoando um anúncio do Departamento de Estado nesta manhã de que mais diplomatas americanos deixarão a capital.

    O oficial afirmou também que os EUA continuam comprometidos em manter viva a perspectiva de desescalada por meio da diplomacia, mas que também estão atentos às perspectivas disso, dadas as medidas prontamente aparentes que a Rússia está tomando no terreno à vista de todos, bem diante dos olhos de todos.

    Ainda segundo ele, os riscos da crise são muito altos para não dar à Rússia todas as chances de evitar uma ação que acreditamos ser catastrófica.

    A autoridade disse também que Biden reiterou as ideias dos EUA de medidas para aumentar a segurança europeia e abordar algumas das preocupações de segurança da Rússia, mas observou que continua incerto se a Rússia está interessada em perseguir seus objetivos diplomaticamente.

    Questionado se a Rússia tomou a decisão de invadir, o funcionário disse achar que a resposta honesta a essa pergunta é que não temos total visibilidade da tomada de decisão do presidente Putin.

    O oficial americano disse não basear a avaliação americana no que os russos dizem publicamente, mas sim se baseando no que está sendo visto em terra, no acúmulo contínuo de russos na fronteira com a Ucrânia, e nenhuma evidência significativa de desescalada, ou realmente de qualquer interesse em arrefecer.

    O funcionário disse que os EUA continuarão e até aumentarão seu apoio à Ucrânia para ajudá-la a se defender caso a Rússia continue a aumentar sua agressão.

    Para ele, Biden e outras autoridades deixaram claro que, se a Rússia continuar no caminho da escalada, os Estados Unidos continuarão aumentando nosso apoio à Ucrânia, para permitir que ela se defenda, e você sei, essa abordagem não mudou.

    DJ Judd e Sam Fossum da CNN contribuíram com reportagens para esta postagem.

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