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    Líder separatista diz que região vai precisar de ajuda financeira da Rússia

    Vladimir Putin reconheceu as duas controversas regiões separatistas, a RPD e a República Popular de Luhansk (LPR), na segunda-feira (21)

    Anna Chernova e Vasco Cotovioda CNN

    Moscou

    O chefe da autoproclamada República Popular de Donetsk (RPD), Denis Pushilin, afirmou que a região precisa de apoio financeiro de Moscou e sugeriu a possibilidade de laços ainda mais estreitos com a Rússia.

    “É claro que o componente financeiro aqui é bastante sério e será difícil passar sem o apoio da Rússia, mas isso está apenas nos primeiros estágios”, disse Pushilin em entrevista nesta sexta-feira (25).

    “Considerando que a região chegará às fronteiras administrativas no longo prazo, de acordo com nossos cálculos, [a necessidade de ajuda financeira] será apenas por um período de curto prazo.  Então não apenas alcançaremos a autossuficiência, mas também poderemos ajudar outras regiões”, concluiu o líder separatista.

    O presidente russo, Vladimir Putin, assinou decretos reconhecendo as duas controversas regiões separatistas, a RPD e a República Popular de Luhansk (LPR), na segunda-feira (21), em uma cerimônia transmitida pela televisão estatal. Na quinta-feira (24), as forças russas invadiram a Ucrânia.

    O conflito começou em 2014, depois que rebeldes apoiados pela Rússia tomaram prédios do governo em vilas e cidades do leste da Ucrânia. Os intensos combates deixaram partes dos oblasts de Luhansk e Donetsk, no leste da região de Donbas, nas mãos de separatistas apoiados pela Rússia.

    A Rússia também anexou a Crimeia da Ucrânia em 2014, em um movimento que provocou condenação global. O governo ucraniano em Kiev afirma que as duas regiões estão de fato ocupadas pelos russos.

    Pushilin continuou na entrevista que sexta-feira não foi uma noite calma para suas forças. “Infelizmente, devo admitir que durante a noite houve feridos e mortos entre os militares [das forças separatistas]”, disse ele.

    Quando perguntado quando a operação militar poderia ser considerada completa, Pushilin afirmou: “Assim que empurramos para trás ou destruímos as armas que são usadas para atacar nossas áreas, podemos dizer que tudo está completamente seguro no território da RPD.”

    Segundo o líder separatista, vários militares ucranianos foram capturados pelas forças da DPR. “Vários militares, querendo permanecer vivos e retornar às suas famílias, depuseram as armas e se renderam”, disse Pushilin, sugerindo que os prisioneiros poderão retornar às suas famílias “depois que a guerra terminar”. A CNN não pode verificar de forma independente as alegações feitas por Pushilin sobre as baixas infligidas à Ucrânia.