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    Líder do Hezbollah diz que grupo sofreu golpe “sem precedentes” e indica retaliação

    Hassan Nasrallah também pontuou que ataques na fronteira com Israel continuarão

    Da CNN

    O líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, classificou os ataques que o grupo nos últimos dias como “sem precedentes”, mas prometeu que isso não os derrotará.

    “Não há dúvida de que sofremos um grande golpe, tanto em termos de segurança quanto de humanidade, um golpe sem precedentes na história da resistência no Líbano, pelo menos, sem precedentes na história do Líbano, e pode ser sem precedentes na história do conflito com o inimigo israelense em toda a região, talvez até sem precedentes no mundo”, disse Nasrallah em discurso nesta quinta-feira (19).

    “É a natureza da guerra. Um dia o inimigo nos atacará e no outro nós atacaremos o inimigo”, destacou, acrescentando que o “acerto de contas virá” e sugerindo uma possível retaliação.

    Ele acusou Israel de pretender matar milhares de pessoas segurando os pagers, dispositivos de comunicação que explodiram na terça-feira (17).

    “Ao longo de dois dias, e em um único minuto na terça-feira e em um único minuto na quarta-feira, o inimigo israelense pretendia matar não menos que 5.000 pessoas em dois minutos e sem consideração por qualquer restrição”, alegou.

    Nasrallah afirmou que isso equivaleria a “um evento terrorista em massa, um genocídio em massa, um massacre”.

    Ele também classificou o ato como “agressão massiva contra o Líbano, seu povo, sua resistência, sua soberania e sua segurança, crimes de guerra ou uma declaração de guerra — você pode chamar de qualquer coisa, e você estaria certo em chamar do que quiser. Claro que esse era o (cenário) que o inimigo pretendia fazer”.

    Os militares israelenses não comentaram os ataques com dispositivos de comunicação, mas a CNN apurou que o país está por trás das explosões com pagers.

    Ataques na fronteira continuarão

    Hassan Nasrallah também alertou Israel que a “frente libanesa não vai parar” até que as hostilidades na Faixa de Gaza acabem.

    “Dizemos ao [primeiro-ministro israelense Benjamin] Netanyahu, [ao ministro da Defesa israelense Yoav] Gallant e ao governo, Exército e sociedade do inimigo: a frente libanesa não vai parar até que a agressão a Gaza cesse”, destacou.

    “Estamos dizendo isso há 11 meses; podemos estar nos repetindo, mas esta declaração vem depois desses dois grandes golpes… Eu digo claramente: não importa os sacrifícios, consequências ou possibilidades futuras, a resistência no Líbano não vai parar de apoiar Gaza”, concluiu.

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