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    Líder de Igreja Ortodoxa da Rússia pede “união” de população com autoridades

    Patriarca Kirill, que é próximo de Putin, já fez declarações em defesa das ações de Moscou na Ucrânia e vê a guerra como um baluarte contra a cultura ocidental

    Reuters

    O chefe da Igreja Ortodoxa da Rússia pediu, neste domingo (10), para que as pessoas se unam junto às autoridades enquanto Moscou prossegue sua intervenção militar na Ucrânia.

    O Patriarca Kirill já fez declarações em defesa das ações de Moscou na Ucrânia e vê a guerra como um baluarte contra uma cultura liberal ocidental, que ele considera decadente.

    “Que o Senhor nos ajude a nos unirmos durante este momento difícil para nossa pátria, inclusive em torno das autoridades”, disse Kirill, de 75 anos, durante um sermão em Moscou, segundo a agência de notícias Interfax.

    “Que as autoridades se encham de responsabilidade por seu povo, humildade e prontidão para servi-los, mesmo que isso lhes custe a vida”, acrescentou o patriarca, um aliado próximo do presidente Vladimir Putin.

    O apoio do patriarca à campanha militar da Rússia, na qual milhares de soldados e civis ucranianos foram mortos, enfureceu alguns dentro da Igreja Ortodoxa da Rússia, bem como em igrejas no exterior ligadas ao Patriarcado de Moscou.

    No domingo, ele disse que, quando a população se unir em torno das autoridades, “haverá verdadeira solidariedade e a capacidade de repelir inimigos tanto externos quanto internos”.

    A Rússia enviou dezenas de milhares de tropas à Ucrânia em 24 de fevereiro, no que chamou de uma operação especial para destruir as capacidades militares de seu vizinho do sul e expulsar pessoas que chamou de nacionalistas perigosos.

    As forças ucranianas montaram uma forte resistência e o Ocidente impôs sanções severas à Rússia, num esforço para forçá-la a retirar suas forças.

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