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    Líder da Coreia do Norte discute cooperação militar com a Rússia, diz imprensa

    Putin e Kim Jong-un assinaram tratado em caso de ataque, durante visita de Putin a Pyongyang no último mês

    Jack Kimda Reuters

    O líder norte-coreano, Kim Jong-un, recebeu o vice-ministro da Defesa russo, Aleksey Krivoruchko, e discutiu a importância dos militares dos dois países se unirem mais firmemente para defender a paz e a justiça mundiais, disse a agência de notícias KCNA na sexta-feira (19), no horário local.

    Kim e Krivoruchko compartilharam a necessidade de cooperação militar entre os dois países para defender os interesses de segurança mútuos, disse a KCNA.

    O vice-ministro da Defesa russo transmitiu saudações do presidente russo, Vladimir Putin, a Kim, que expressou profundo agradecimento na reunião, realizada nesta quinta-feira (18).

    O relatório não forneceu quaisquer outros detalhes sobre a delegação de Krivoruchko ou o propósito da visita à Coreia do Norte.

    A Coreia do Norte e a Rússia aprofundaram a cooperação militar desde que os seus líderes realizaram uma reunião no Extremo Oriente russo no ano passado e assinaram um tratado de parceria estratégica que inclui um acordo de defesa mútua alcançado em junho, quando Putin visitou Pyongyang.

    Os dois países foram acusados ​​de conduzir o comércio de armas por Seul e Washington para ajudar o estoque de mísseis e artilharia da Rússia para a guerra com a Ucrânia. Ambos países negam tal comércio.

    “Tratado de Parceria Estratégica Abrangente”

    [cnn_galeria active=”false” id_galeria=”8570645″ title_galeria=”Veja fotos de Putin e Kim Jong-un passeando de limusine”/]

    Horas depois de Putin ter partido do país, os meios de comunicação estatais da Coreia do Norte publicaram o “Tratado de Parceria Estratégica Abrangente”, que, na verdade, revive um extinto acordo de defesa mútua da década de 1960.

    O acordo, que Putin e o líder norte-coreano, Kim Jon-un, assinaram em 19 de junho e também incluía cooperação em energia nuclear, exploração espacial, segurança alimentar e energética.

    A ação é um dos movimentos de maior visibilidade de Moscou na Ásia nos últimos anos.

    A Coreia do Sul, por sua vez, lamentou que o acordo inclua uma promessa de “cooperação tecnológica militar” que, segundo ela, violaria as resoluções do Conselho de Segurança sobre os programas de armas da Coreia do Norte.

    A Rússia, que tem poder de veto no Conselho de Segurança, apoiou sanções contra a Coreia do Norte, que foram decretadas depois de Pyongyang atestou ter uma arma nuclear, em 2006.

    Mas, recentemente, o país disse que as sanções deveriam ser alteradas, e a prorrogação anual dos inspetores que aplicam as sanções este ano foi vetada.

    Após uma reunião do conselho de segurança nacional, a Coreia do Sul decidiu que iria reforçar ainda mais a cooperação em segurança com os EUA com o Japão.

    “A comunidade internacional deve permanecer unida na condenação e no combate a quaisquer atividades ilícitas que possam minar a paz e a segurança internacionais, e o governo da República da Coreia responder a quaisquer ações que possam ameaçar a nossa segurança nacional de forma resoluta e decisiva”, destacou o chanceler sul-coreano.

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