Liberação de reféns marca possível virada do conflito entre Hamas e Israel, diz professora
À CNN Rádio, Danielle Ayres disse que trégua no confronto armado é importante, mas que há tensão nos próximos dias
![Manifestantes, em Tel Aviv, seguram cartazes exigindo a libertação de reféns detidos na Faixa de Gaza depois de terem sido capturados por homens armados do Hamas em 7 de outubro Manifestantes, em Tel Aviv, seguram cartazes exigindo a libertação de reféns detidos na Faixa de Gaza depois de terem sido capturados por homens armados do Hamas em 7 de outubro](https://preprod.cnnbrasil.com.br/wp-content/uploads/sites/12/Reuters_Direct_Media/BrazilOnlineReportTopNews/tagreuters.com2023binary_LYNXMPEJAL03L-FILEDIMAGE-e1701549938458.jpg?w=1220&h=674&crop=1)
A soltura de reféns que acontece nesta sexta-feira (24) após acordo entre Israel e Hamas é a melhor notícia desde que o conflito começou.
Esta é a avaliação da professora de segurança e política internacional da Universidade Federal de Santa Catarina Danielle Ayres.
À CNN Rádio, ela classificou o dia como “histórico” e que “marca possível virada do conflito.”
Danielle explica que a mudança não será do ponto de vista das “demandas de Israel pela contraofensiva e intenção de aniquilar o Hamas.”
Mas, sim, do viés da “possibilidade de os grupos começarem a ter diálogo.”
“Mesmo considerando o Hamas um grupo terrorista, há reféns israelenses em seu poder e Israel entende que para recuperá-los o diálogo precisa ser mantido”, completou.
Para a professora, “somente a contraofensiva militar dificultava a recuperação dessas pessoas.”
Com o acordo, a “comunidade internacional fica contente e com esperança de que daqui para frente o diálogo reduza a violência e caminhe para resolução do conflito de forma não-bélica.”
Ao mesmo tempo, porém, Danielle Ayres destacou que o cessar-fogo é “muito frágil”, ainda mais porque não são dois estados guerreando, que têm compromisso com o direito internacional.
“Pode ser que alguma das duas partes, em principal o Hamas, que tem dificuldade de controlar seus membros, infrinja o cessar-fogo, e isso representa um problema, já que tudo retrocede”, alertou.
*Com produção de Isabel Campos