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    Liberação de reféns marca possível virada do conflito entre Hamas e Israel, diz professora

    À CNN Rádio, Danielle Ayres disse que trégua no confronto armado é importante, mas que há tensão nos próximos dias

    Manifestantes, em Tel Aviv, seguram cartazes exigindo a libertação de reféns detidos na Faixa de Gaza depois de terem sido capturados por homens armados do Hamas em 7 de outubro
    Manifestantes, em Tel Aviv, seguram cartazes exigindo a libertação de reféns detidos na Faixa de Gaza depois de terem sido capturados por homens armados do Hamas em 7 de outubro 21/11/2023REUTERS/Amir Cohen

    Amanda Garciada CNN

    A soltura de reféns que acontece nesta sexta-feira (24) após acordo entre Israel e Hamas é a melhor notícia desde que o conflito começou.

    Esta é a avaliação da professora de segurança e política internacional da Universidade Federal de Santa Catarina Danielle Ayres.

    À CNN Rádio, ela classificou o dia como “histórico” e que “marca possível virada do conflito.”

    Danielle explica que a mudança não será do ponto de vista das “demandas de Israel pela contraofensiva e intenção de aniquilar o Hamas.”

    Mas, sim, do viés da “possibilidade de os grupos começarem a ter diálogo.”

    “Mesmo considerando o Hamas um grupo terrorista, há reféns israelenses em seu poder e Israel entende que para recuperá-los o diálogo precisa ser mantido”, completou.

    Para a professora, “somente a contraofensiva militar dificultava a recuperação dessas pessoas.”

    Com o acordo, a “comunidade internacional fica contente e com esperança de que daqui para frente o diálogo reduza a violência e caminhe para resolução do conflito de forma não-bélica.”

    Ao mesmo tempo, porém, Danielle Ayres destacou que o cessar-fogo é “muito frágil”, ainda mais porque não são dois estados guerreando, que têm compromisso com o direito internacional.

    “Pode ser que alguma das duas partes, em principal o Hamas, que tem dificuldade de controlar seus membros, infrinja o cessar-fogo, e isso representa um problema, já que tudo retrocede”, alertou.

    *Com produção de Isabel Campos