Líbano diz que irá considerar qualquer presença de Israel como ocupação
País comunicou que tem direito de usar qualquer meio para garantir retirada de Israel no território


O Líbano considerará qualquer presença remanescente de Israel em suas terras como uma ocupação, e que tem o direito de usar qualquer meio para garantir a retirada israelense, comunicou um porta-voz da Presidência libanesa nesta terça-feira (18).
Esta terça marca o último prazo para a retirada das tropas israelenses sob o cessar-fogo com o Hezbollah. O acordo, que interrompeu a guerra no ano passado, foi mediado pelos Estados Unidos.
Segundo a trégua de novembro, as tropas israelenses tinham 60 dias para se retirar do sul do Líbano, onde realizaram uma ofensiva terrestre contra os combatentes do grupo armado libanês Hezbollah desde o início de outubro.
Esse prazo foi prorrogado até 18 de fevereiro, mas as autoridades israelenses e libanesas, bem como diplomatas estrangeiros, previram que Israel manteria algumas tropas em partes do lado libanês da fronteira.
O ministro da Defesa israelense, Israel Katz, comunicou anteriormente que Israel manteria tropas em cinco postos no sul do Líbano após o prazo de 18 de fevereiro.
As tropas permanecerão “para garantir a proteção das comunidades [israelenses] do norte”, segundo ele.
Dezenas de milhares de pessoas foram deslocadas do norte de Israel por causa dos disparos de foguetes do Hezbollah.
Mais de um milhão de pessoas no Líbano fugiram dos ataques aéreos israelenses em conflito de um ano que ocorre paralelamente à guerra de Gaza.
A trégua determinou a retirada dos combatentes e das armas do Hezbollah, bem como das tropas israelenses, e o envio de soldados libaneses.
A conciliação estipula que somente as “forças militares e de segurança oficiais” no Líbano podem portar armas e que o governo libanês precisa impedir a transferência de armas para grupos armados não estatais.