Kremlin diz que China tem direito de realizar exercícios militares em torno de Taiwan
China disparou vários mísseis em torno de Taiwan nesta quinta-feira, ao lançar exercícios militares sem precedentes um dia após a visita da presidente da Câmara dos Deputados dos EUA, Nancy Pelosi, à ilha


O Kremlin disse nesta quinta-feira que a China tem o direito soberano de realizar grandes exercícios militares em torno de Taiwan e acusou os Estados Unidos de abastecer artificialmente as tensões na região.
A China disparou vários mísseis em torno de Taiwan nesta quinta-feira (4), ao lançar exercícios militares sem precedentes um dia após a visita da presidente da Câmara dos Deputados dos EUA, Nancy Pelosi, à ilha autogovernada que Pequim reivindica como parte de seu território soberano.
Questionado sobre os exercícios chineses, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse: “Este é o direito soberano da China”.
“A tensão na região e em torno de Taiwan foi provocada… pela visita de Nancy Pelosi”, disse Peskov a repórteres em uma teleconferência. “Foi uma visita absolutamente desnecessária e uma provocação desnecessária.”
China inicia exercícios militares e dispara mísseis em torno de Taiwan após visita de Pelosi
Os exercícios acontecem um dia após uma visita da presidente da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, à ilha que Pequim considera território chinês e devem terminar no próximo domingo (7), de acordo com a reportagem da televisão estatal.
O Comando Oriental da China disse que completou vários disparos de mísseis convencionais em águas ao largo da costa leste de Taiwan na quinta-feira como parte dos exercícios planejados. O Ministério de Defesa da ilha disse que projéteis também foram disparos nas águas ao nordeste e sudoeste.
Taiwan ativou seus sistemas de mísseis para rastrear a atividade da força aérea chinesa e navios da Marinha taiwanesa estão de prontidão para monitoramento da atividade ao redor da ilha.
Autoridades de Taiwan disseram que os exercícios violam as regras da Organização das Nações Unidas (ONU), invadem o espaço territorial da ilha e são um desafio direto à livre navegação aérea e marítima.
A China está realizando exercícios nas rotas marítimas e aéreas internacionais mais movimentadas e isso é “comportamento irresponsável e ilegítimo”, disse o Partido Democrático Progressista (DPP) de Taiwan.