Kremlin diz que “chegará a hora” de celebrar o Dia da Vitória em Mariupol
Governo russo negou que iria declarar oficialmente guerra à Ucrânia em 9 de maio
O Kremlin disse, nesta sexta-feira (6), que não sabe se haverá um desfile em Mariupol em 9 de maio para comemorar a vitória da União Soviética na Segunda Guerra Mundial, mas que chegaria a hora de celebrar o Dia da Vitória.
As forças russas dizem que capturaram Mariupol apesar da resistência contínua das forças ucranianas na usina siderúrgica Azovstal, na região do Donbass.
“Chegará a hora de marcar o Dia da Vitória em Mariupol”, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, a repórteres em uma entrevista na sexta-feira, quando questionado sobre os planos para 9 de maio em território recentemente tomado por forças apoiadas pela Rússia.
A Rússia negou recentemente especulações de que o presidente Vladimir Putin planeja declarava guerra à Ucrânia e declarar uma mobilização nacional em 9 de maio.
O Dia da Vitória de 9 de maio é um dos eventos nacionais mais importantes da Rússia – uma lembrança do enorme sacrifício soviético feito para derrotar a Alemanha nazista no que é conhecido na Rússia como a Grande Guerra Patriótica.
Estima-se que 27 milhões de cidadãos soviéticos foram mortos na guerra de 1941-45, que deixou a União Soviética devastada e quase todas as famílias soviéticas de luto.
Putin usou discursos anteriores do Dia da Vitória para atrair o Ocidente e mostrar o poder de fogo das forças armadas pós-soviéticas da Rússia.
Quarteirões arrasados em Mariupol confirmam forte bombardeio
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Quarteirões destruídos na cidade de Mariupol, na Ucrânia, dão dimensão do ataque aéreo russo na região • Reprodução/Maxar Technologies
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Teatro de Mariupol: autoridades estimam que 300 pessoas morreram no local de abrigo de civis atingido por um míssil • Reprodução/Maxar Technologies
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Condomínio de apartamentos fica irreconhecível após bombardeios • Reprodução/Maxar Technologies
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Pontos russos de artilharia rebocada na região nordeste de Mariupol • Reprodução/Maxar Technologies
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Pessoas remanescentes em Mariupol fazem fila em supermercado • Reprodução/Maxar Technologies
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Imagem mostra veículos militares russos posicionados próximos a residências de Mariupol • Reprodução/Maxar Technologies
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A invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro matou milhares de pessoas, deslocou outros milhões e aumentou o medo do confronto mais sério entre a Rússia e os Estados Unidos desde a crise dos mísseis cubanos de 1962.
Putin diz que a “operação militar especial” na Ucrânia é necessária porque os Estados Unidos estavam usando a Ucrânia para ameaçar a Rússia e Moscou teve que se defender contra a perseguição de pessoas de língua russa.