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    Kim Jong Un destaca crise alimentar na Coreia do Norte em discurso de fim de ano

    Líder norte-coreano reconheceu a escassez de alimentos no país e a intenção de aumentar a produção agrícola

    Líder da Coreia do Norte, Kim Jong Un, em Pyongyang12/02/2021 KRT TV via REUTERS
    Líder da Coreia do Norte, Kim Jong Un, em Pyongyang12/02/2021 KRT TV via REUTERS KRT TV via REUTERS

    Gawon BaeAngus Watsonda CNN

    O líder norte-coreano Kim Jong Un admitiu novamente que há um “problema alimentar” no país, durante discurso que encerrou uma importante reunião de cinco dias de seu Partido dos Trabalhadores Coreano.

    O discurso de fim de ano, resumido pelo meio de comunicação estatal KCNA, fez uma breve referência ao “trabalho de prevenção emergencial de epidemias”.

    A Coreia do Norte manteve-se calada durante a pandemia, isolou-se ainda mais do resto do mundo e não reconheceu um único caso doméstico de Covid-19.

    A maior parte do discurso de Kim focou na necessidade de aumentar a produtividade agrícola do país.

    Ele também elogiou os avanços militares feitos durante seu décimo ano no poder, mas não fez nenhuma menção específica à Coréia do Sul ou aos Estados Unidos, além de uma breve referência às orientações políticas para as relações inter-coreanas e assuntos externos.

    Enquanto o líder norte-coreano não detalhou o grau de escassez de alimentos, a Organização Mundial de Alimentos alertou sobre a severa falta de comida no país em 2021, incluindo um déficit de centenas de milhares de toneladas de arroz.

    O problema foi agravado por severas inundações em algumas das regiões produtoras de arroz mais férteis do país.

    Esta não é a primeira vez que Kim reconhece a situação alimentar no país. Em abril, a KCNA relatou que o líder falou às pessoas sobre outra “Marcha árdua”, enquanto discursava em uma reunião política de alto nível.

    O termo “Marcha árdua” refere-se a um período de fome devastadora no início dos anos 1990, quando a economia da Coreia do Norte despencou após o colapso da União Soviética, que encerrou o fluxo de ajuda para o país.

    Estima-se que centenas de milhares de pessoas — ou até 10% da população do país — morreram de fome neste período.

    Em junho, Kim admitiu que o país estava enfrentando uma “situação alimentar tensa” devido ao tufão e inundações de 2020.

    No mesmo mês, a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) estimou que a Coreia do Norte carece de cerca de 860 mil toneladas de alimentos — o que seria suficiente para pouco mais de dois meses de abastecimento.

    No sábado (31), a KCNA também informou o reconhecimento de Kim das “condições desfavoráveis ​​neste ano” e seu desejo de “aumentar a produção agrícola e resolver completamente o problema alimentar do país”.

     

    (Texto traduzido. Leia o original clicando aqui)

    Este conteúdo foi criado originalmente em inglês.

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