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    Kamala diz que ‘não confiaria’ na palavra de Trump sobre aprovação de vacina

    'Ele quer que injetemos desinfetante', disse a democrata sobre Trump. Kamala teme que cientistas não tenham última palavra para que vacina passe até eleições

    Jasmine Wright, , da CNN

    Em entrevista à CNN dos Estados Unidos, Kamala Harris, candidata à vice-presidência na chapa do partido Democrata, não descartou a possibilidade de tomar uma vacina contra a Covid-19 antes das eleições do país – marcadas para 3 de novembro -, mas declarou que não confiaria na palavra de Donald Trump sobre a aprovação de um imunizante, especialmente em um prazo curto. 

    “Não confiaria em Donald Trump e [a aprovação da vacina] teria de vir de uma fonte confiável de informação que falasse sobre a eficácia e a confiabilidade de tudo. Não vou acreditar na sua palavra [de Trump]. Ele quer que injetemos desinfetante. Não, não vou aceitar sua palavra”, declarou.

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    Kamala Harris
    Candidata democrata a vice-presidente dos EUA, Kamala Harris 12/08/2020
    Foto: Carlos Barría/Reuters

    A democrata colocou em dúvida se especialistas em saúde pública e cientistas teriam a última palavra em uma eventual aprovação de vacina pelo governo americano.

    “Acho que isso será um problema para todos nós”, disse a candidata sobre o temor de que uma vacina seja aprovada sem todos os protocolos de testagem.

    “Ele [Trump] está se agarrando a tudo o que puder para fingir que foi um líder nessa questão [da pandemia], quando na verdade não foi”, disse ela.

    Racismo nos EUA

    A violência contra a população negra americana também foi um dos temas discutidos na entrevista. Harris afirmou que “não há dúvidas de que temos visto uma incidência inaceitável de homens negros sendo mortos” – ao se referir aos episódios recentes de racismo no país. 

    “Ninguém pode negar isso. Você olha os números e os coloca em proporção à população. Um homem negro é exponencialmente mais provável de ser parado sem causa provável, preso”, analisou.

    “Você pode ver, por exemplo, ofensas com maconha. O uso igual entre a população branca e população negra. Mas os negros são exponencialmente mais prováveis de ser presos e processados por essas infrações. Por isso, não acho que as pessoas mais razoáveis que estejam prestando atenção aos fatos contestariam que existem disparidades raciais e um sistema que se envolveu no racismo”, concluiu.

    Harris concedeu entrevista a Dana Bash, da CNN, na Biblioteca do Fundador na Howard University, em Washington.

     

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