Justiça britânica decide que Julian Assange não será extraditado para os EUA
Juíza do Reino Unido decidiu que o fundador do WikiLeaks não será enviado aos EUA para enfrentar acusações de infringir leis de espionagem e conspiração
Uma juíza britânica decidiu, nesta segunda-feira (4), que o fundador do WikiLeaks, Julian Assange, não deve ser extraditado para os Estados Unidos para enfrentar as acusações de infringir leis de espionagem e conspirar para hackear computadores do governo.
Autoridades norte-americanas acusam Assange de 18 crimes relacionados à divulgação, pelo WikiLeaks, de documentos militares secretos e mensagens diplomáticas dos EUA.
Leia também:
Nancy Pelosi é reeleita para presidência da Câmara dos EUA
Jornalista que revelou o Watergate diz que caso de Trump é ‘muito pior’
Trump pediu ao secretário da Geórgia para ‘encontrar’ 11.780 votos, diz Post

Os advogados de Assange argumentaram que o pedido de extradição teve motivação política, apoiada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Em sua decisão, a juíza Vanessa Baraitser afirmou que a extradição poderia representar um risco para a vida de Assange, que é australiano e tem 49 anos.
“Decidi que a extradição seria opressiva e ordeno sua dispensa”, disse Vanessa.
Apesar de considerar que Assange teria um “julgamento justo” em caso de extradição, a juíza afirmou que as “medidas administrativas especiais” que Assange provavelmente seria submetido teriam um grave impacto em sua saúde mental.
Em sua sentença completa, Baraitser escreveu: “Aceito que a opressão como um obstáculo à extradição exige um alto limite… No entanto, estou convencida de que, nessas condições adversas, a saúde mental do Sr. Assange se deterioraria, levando-o a cometer suicídio”.
“Acho que a condição mental do Sr. Assange é tal que seria opressor extraditá-lo para os Estados Unidos”, acrescentou ela.
Destaques do CNN Brasil Business
Perspectivas 2021: O dólar pode voltar para a casa dos R$ 4? Depende do governo
Mapa do Emprego: Veja quais os setores em alta e como ficam os salários em 2021
Com salto de 31%, fortuna dos mais ricos tem avanço histórico em ano de pandemia
Os EUA disseram que vão recorrer da decisão.
(Com informações de Claudia Rebaza e Kara Fox, da CNN, e Michael Holdem, da Reuters)