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    Justiça do Peru prorroga prisão de Castillo; 15 pessoas morreram em protestos

    Suprema Corte ordenou o período prolongado de prisão preventiva para Castillo, enquanto os promotores continuam uma investigação sobre as acusações criminais contra ele

    Marco Aquinoda Reuters , Por Marco Aquino, da Reuters

    A prisão preventiva do ex-presidente peruano Pedro Castillo foi prorrogada, na quinta-feira (15), para 18 meses. Isso ocorre em meio a protestos que se estendem pela segunda semana. Pelo menos 15 pessoas morreram nas manifestações, segundo declarações das autoridades.

    Um painel judicial dentro da Suprema Corte ordenou o período prolongado de prisão preventiva para Castillo, enquanto os promotores continuam uma investigação sobre as acusações criminais contra ele.

    A decisão não tocou no mérito das acusações enfrentadas pelo ex-presidente, acusado de rebelião e conspiração, mas um juiz da Suprema Corte, que chefia o painel, citou o risco de fuga do presidente deposto.

    Castillo nega todas as acusações e disse que continua sendo o presidente legítimo do país.

    Manifestantes se reuniram do lado de fora da prisão onde ele está detido, segurando cartazes criticando a nova presidente Dina Boluarte e pedindo o fechamento do Congresso.

    “Queremos apenas que a voz do povo seja ouvida. O povo está exigindo que tragam nosso presidente de volta”, disse a manifestante Gloria Machuca.

    Os protestos ameaçam a logística nas principais minas de cobre e levaram à declaração de toque de recolher em várias áreas do país andino.

    Castillo, que era professor e filho de camponeses, obteve uma vitória eleitoral apertada no ano passado, concorrendo sob a bandeira do partido marxista Peru Livre.

    Ele foi removido por uma votação esmagadora de parlamentares que o acusaram de “incapacidade moral permanente” poucas horas depois de ele ordenar a dissolução do Congresso, no dia 7 de dezembro.

    Quatro nações lideradas por presidentes de esquerda – Argentina, Bolívia, Colômbia e México – assinaram nesta semana uma nota conjunta declarando Castillo “vítima de assédio antidemocrático”.

    Um bloco de países de esquerda reunidos em Havana, incluindo Cuba, Bolívia, Venezuela e Nicarágua, também apoiou Castillo, rejeitando o que descreveram como “estrutura política criada pelas forças de direita”.

    A ministra das Relações Exteriores, Ana Cecilia Gervasi, nova no cargo depois que Boluarte substituiu Castillo na semana passada, respondeu, na manhã de quinta-feira, convocando os embaixadores do Peru na Argentina, Bolívia, Colômbia e México para consulta.

    Gervasi escreveu no Twitter que as consultas “referem-se à interferência nos assuntos internos do Peru”.

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