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    Justiça de Belarus condena vencedor do Nobel da Paz de 2022 a 10 anos de prisão

    Ales Bialiatski foi considerado culpado pela acusação de contrabando

    Sharon Braithwaiteda CNN

    O bielorrusso Ales Bialiatski, um dos vencedores do Prêmio Nobel da Paz do ano passado, foi condenado, nesta sexta-feira (3), a 10 anos de prisão de segurança máxima. Ele foi considerado culpado pela acusação de contrabando, de acordo com a agência de notícias estatal russa TASS.

    A líder da oposição bielorrussa exilada, Sviatlana Tsikhanouskaya, criticou a sentença de Bialiatski e outros ativistas no mesmo julgamento como “terrível”.

    “Devemos fazer de tudo para lutar contra essa injustiça vergonhosa e libertá-los”, escreveu ela no Twitter.

    Bialiatski, um ativista pró-democracia, documenta abusos dos direitos humanos na Bielorrússia desde a década de 1980. Ele fundou a organização Viasna, ou Primavera, em 1996, após um referendo que consolidou os poderes autoritários do presidente e aliado próximo da Rússia, o presidente Alexander Lukashenko.

    O ativista foi preso em 2020 em meio a protestos generalizados contra o regime de Lukashenko.

    Bialiatski ganhou o Prêmio Nobel da Paz de 2022 ao lado de grupos de direitos humanos da Rússia e da Ucrânia.

    Os vencedores foram homenageados por “um esforço notável para documentar crimes de guerra, abusos de direitos humanos e abuso de poder” em seus respectivos países. “Eles promoveram por muitos anos o direito de criticar o poder e proteger os direitos fundamentais dos cidadãos”, disse o Comitê Norueguês do Nobel na época.

    A política da oposição bielorrussa Sviatlana Tsikhanouskaya parabenizou Bialiatski. “O prêmio é um reconhecimento importante para todos os bielorrussos que lutam pela liberdade e pela democracia”, escreveu ela em um tweet há três anos. “Todos os presos políticos devem ser libertos sem demora.”

    O porta-voz da oposição, Franak Viacorka, também o parabenizou pelo prêmio. Ele disse à Reuters que Byalyatski foi preso em condições desumanas e esperava que o prêmio, compartilhado com organizações russas e ucranianas de direitos humanos, levasse à sua libertação.

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