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    Exclusivo CNN: Júri federal pode ouvir acusadoras do rapper Sean “Diddy” Combs

    Investigadores federais teriam notificado as possíveis testemunhas que elas poderiam ser levadas para depor em Nova York

    Sean "Diddy" Combs no Festival de Cinema de Cannes em 2012
    Sean "Diddy" Combs no Festival de Cinema de Cannes em 2012 Gareth Cattermole/Getty Images

    Elizabeth WagmeisterJosh Campbellda CNN

    De acordo com duas fontes ouvidas pela CNN investigadores federais estão se preparando para levar as acusadoras do rapper Sean “Diddy” Combs a um grande júri federal, o que indica que o Departamento de Justiça dos Estados Unidos pode estar procurando indiciar Combs.

    Uma das fontes informou que os investigadores notificaram as possíveis testemunhas que elas poderiam ser levadas para depor perante um grande júri na cidade de Nova York.

    O fato de levar as pessoas que entraram com processos civis contra Combs a um tribunal marcaria uma intensificação significativa na investigação do governo que está em andamento e que envolve outros nomes como o do produtor e fundador da Bad Boy Records.

    O nome de Combs foi citado em oito processos civis diferentes desde novembro – sete deles acusando-o diretamente de agressão sexual.

    Uma das acusações, movida pela ex-namorada Cassie Ventura, foi resolvida. Outro processo acusa o filho de Combs, Christian Combs de agressão sexual, e Sean é acusado de ser cúmplice.

    Um porta-voz da agência Homeland Security Investigations (HSI) se recusou a comentar sobre a existência de um grande júri, mas ressaltou que a investigação continua em andamento.

    Duas fontes disseram à CNN que as testemunhas em potencial ainda não foram preparadas para depor, alertando que os investigadores da HSI ainda estão no processo de reunir provas e questionar possíveis fontes de informação em sua investigação federal sobre Combs.

    Uma das fontes disse que os investigadores estão sendo minuciosos para garantir que uma acusação, se houver, seja “à prova de balas”.

    O grande júri, composto por cidadãos comuns, é uma ferramenta essencial para os promotores, pois oferece tanto uma função investigativa ao aprovar a intimação de documentos e testemunhas quanto uma votação sobre a acusação criminal de qualquer suspeito.

    O uso de um grande júri sinaliza quando um caso específico foi além do estágio preliminar em que os investigadores geralmente avaliam se há a possibilidade de possíveis violações da lei terem sido cometidas.

    Autoridades ouviram acusadoras de Combs

    As propriedades de Combs em Los Angeles e Miami foram revistadas em março.

    Na época, a CNN informou que o rapper e empresário era alvo de uma investigação federal conduzida por uma equipe do Departamento de Segurança Interna que cuidava de crimes de tráfico humano, e a investigação em andamento que de acordo com fontes policiais focava em tráfico sexual.

    Agora, fontes adicionais disseram à CNN que a maioria dos autores de ações civis contra Combs foram ouvidos por investigadores federais.

    Combs negou veementemente as alegações de muitos dos processos civis, mas não respondeu a todas as denúncias.

    Em dezembro de 2023, depois que quatro ações judiciais foram movidas contra ele, Combs publicou uma negação feroz em suas mídias sociais, escrevendo que “alegações doentias” haviam sido feitas por pessoas que “estavam em busca de um pagamento rápido”.

    “Deixe-me ser absolutamente claro: eu não fiz nenhuma das coisas horríveis que estão sendo alegadas”, adicionou.

    A CNN anteriormente informou que, em março, de acordo com uma fonte policial, a investigação tinha origem em muitas das alegações de agressão sexual apresentadas em vários dos processos civis contra Combs.

    Depois a CNN descobriu que o alcance da investigação era muito maior, concentrando-se em tráfico sexual, lavagem de dinheiro e drogas ilegais.

    Além do tráfico de pessoas, a HSI também investiga o contrabando de narcóticos e outras atividades do crime organizado.

    “É muito maior do que apenas esses processos”, disse uma das fontes familiarizadas com o âmbito da investigação.

    Os investigadores federais estão agora “cavando mais fundo”, e algumas das acusadoras foram interrogadas várias vezes, disse uma fonte. Uma segunda fonte confirmou o estado atual da investigação.

    As acusadoras que falaram com agentes federais durante a investigação têm cooperado ativamente com os investigadores, sendo que algumas entregaram provas que acreditam ser úteis na investigação, disse uma fonte. Os investigadores também estão trazendo novas pessoas para interrogatório, incluindo testemunhas de acusação.

    Evidências incluem vídeos dentro das casas de Combs

    Agentes federais possuem um vídeo gravado dentro de uma das residências de Combs que foram revistadas recentemente, informou a fonte. Não está claro se o vídeo foi apreendido durante as buscas ou se os investigadores obtiveram o material através das pessoas que estavam sendo interrogadas.

    A fonte ainda disse à CNN que “eles estão entrando em contato com as pessoas que encontraram nas fitas”.

    Pelo menos uma profissional do sexo, que alega ter sido uma das vítimas de Combs, foi interrogada durante a investigação, informou a fonte, acrescentando que ela foi vista em uma filmagem que está em posse dos investigadores federais.

    Em algumas das ações judiciais contra Combs, as acusadoras alegaram que foram informadas, após o fato, que foram gravadas fazendo sexo sem dar seu consentimento de serem filmadas. Combs não respondeu a essa acusação específica, mas descartou todos os supostos delitos em uma declaração publicada em dezembro de 2023.

    Em dois dos oito processos civis, Combs é acusado de drogar várias acusadoras. Na última semana, a ex-estudante de moda April Lampros e a ex-modelo Crystal McKinney acusaram Combs de drogá-las.

    No processo de Lampros, ela alega que Combs a forçou a tomar ecstasy e depois exigiu que ela tivesse relações sexuais com uma de suas ex-namoradas antes de estuprá-la.

    Combs não respondeu aos pedidos de esclarecimento da CNN desde que esses dois processos foram abertos.

    Combs também foi acusado em uma ação civil movida em novembro passado de “drogar intencionalmente” e agredir sexualmente Joi Dickerson-Neal em 1991, quando ela era uma estudante universitária.

    Embora sua equipe jurídica tenha apresentado um pedido para rejeitar partes desse processo, Dickerson-Neal ainda acusou Combs de “pornografia de vingança”, alegando que Combs gravou secretamente a agressão sexual.

    Dias depois, um amigo revelou a Dickerson-Neal que ele havia visto a gravação, conforme a alegação feita por Joi.

    A equipe de Combs não respondeu às alegações específicas, mas um porta-voz na época disse que a queixa era “inventada e sem credibilidade”, descreditando as acusações como sendo “puramente uma busca por dinheiro”. Em sua solicitação de retirada do processo, que ainda está pendente, os advogados de Combs chamaram as alegações de Dickerson-Neal de “falsas, ofensivas e lascivas”.

    Este conteúdo foi criado originalmente em inglês.

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