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    Juíza libera divulgação de relatório de investigação sobre Trump e eleição de 2020

    Presidente eleito dos EUA é investigado por supostamente tentar subverter processo eleitoral

    Tierney Sneedda CNN

    A juíza Aileen Cannon afirmou nesta segunda-feira (13) que não vai bloquear a divulgação do relatório do procurador especial Jack Smith sobre sua investigação a respeito de Donald Trump e os supostos esforços para anular as eleições de 2020.

    De toda forma, Cannon marcou uma audiência para o final desta semana sobre o plano do procurador-geral Merrick Garland de compartilhar com alguns legisladores a parte do relatório de Smith que trata da investigação relacionada a documentos confidenciais contra Trump.

    Enquanto isso, ela manteve o bloqueio da divulgação desse ponto do relatório a qualquer pessoa fora da agência.

    Historicamente, o Departamento de Justiça divulgava os relatórios finais sobre as investigações especiais sobre presidentes, inclusive enquanto esses chefes de Estado ainda estavam na Casa Branca.

    Mas Trump e seus aliados adiaram a publicação do trecho do relatório sobre o ataque ao Capitólio dos EUA, em 6 de janeiro de 2021, e suspenderam a divulgação, mesmo que limitada, do relatório sobre a investigação dos documentos confidenciais.

    Trump escolheu vários integrantes das suas equipes de defesa pessoal para funções na sua próxima administração.

    Cannon, de acordo com a ordem desta segunda, manteve o bloqueio da divulgação do volume de documentos confidenciais do relatório porque ela “não está disposta a fazer essa aposta com base no interesse generalizado dos membros do Congresso, pelo menos não sem um briefing completo e uma audiência sobre o assunto”.

    Garland planejou permitir que os republicanos e democratas que lideram os Comitês Judiciários da Câmara e do Senado revisassem o relatório em particular, com a condição de não divulgarem informações dele.

    O procurador-geral disse que divulgará publicamente o relatório sobre Trump e as eleições de 2020 antes que o republicano assuma o cargo na próxima segunda-feira. O Departamento de Justiça dos EUA não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.

    Uma ordem anterior da juíza Aileen Cannon, que bloqueava a liberação de ambos os volumes, expirará à meia-noite de terça-feira (14), o que significaria que o departamento poderia liberar o volume sobre as eleições, a menos que outro tribunal intervenha.

    Não está claro se a equipe de Trump ou outras pessoas investigadas no caso buscarão recurso em um tribunal superior. O 11º Tribunal de Apelações do Circuito dos EUA já rejeitou o seu pedido anterior para bloquear a publicação do relatório.

    Trump chama caso de perseguição política

    Após a última ordem de Cannon, Trump disse nas redes sociais que Smith estava “ilegitimamente envolvido nesta perseguição política, e todas as centenas de milhões de dólares gastos pelo nosso infeliz governo foram, simplesmente, desperdiçados!”

    No caso que investiga suposta subversão eleitoral, Smith alegou que Trump e várias outras pessoas que teriam conspirado contra o resultado da votação empreenderam um esquema em várias fases para atacar a transferência pacífica de poder, culminando no ataque de 6 de janeiro de 2021 ao Capitólio dos EUA pelos apoiadores de Trump.

    O caso foi frustrado por uma decisão da Suprema Corte no verão passado e acabou abandonado após o dia da eleição.

    No caso dos documentos de Mar-a-Lago, Trump foi acusado de mau uso de informações de defesa nacional que levou consigo desde o seu primeiro mandato na Casa Branca. Ele também foi acusado de obstruir a investigação federal sobre o paradeiro dos documentos, assim como seus dois funcionários, Walt Nauta e Carlos De Oliveira.

    Os advogados de defesa argumentaram que a decisão de Cannon de que Smith foi nomeado inconstitucionalmente impediu Garland de divulgar o relatório para ambas as investigações do procurador especial.

    Dado que a decisão sobre as nomeações está atualmente em recurso, levantando a possibilidade de a acusação ser reavivada, os funcionários de Trump também argumentam que a divulgação do relatório poderia prejudicá-los como réus. Trump foi afastado do caso após sua reeleição.

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