Juiz dos EUA define data para o julgamento de Bannon, ex-assessor de Trump
O prazo é um meio termo entre as datas buscadas pela promotoria e pelos advogados do acusado
Carl Nichols, juiz distrital norte-americano marcou nesta terça-feira (07) a data para o julgamento de Steve Bannon, que atuou como estrategista-chefe do ex-presidente Donald Trump, para 18 de julho. Bannon está sob acusações de desacato ao Congresso por desafiar um inquérito da Câmara dos Representantes sobre o episódio de 6 de janeiro — quando ocorreu motim no Capitólio dos EUA. Isso significa um meio termo entre os prazos buscados pela promotoria e pelos advogados do acusado.
Os promotores queriam um julgamento em meados de abril, enquanto os advogados de Bannon pediram uma data em meados de outubro para dar-lhes mais tempo para se prepararem. “Nos casos criminais de 6 de janeiro envolvendo pessoas que estavam no Capitólio ou cometeram violência no local, nenhum desses deles foi a júri pelas acusações que aconteceram na época”, disse Nichols. O juiz observou que o caso contra Bannon, por outro lado, é uma contravenção e, ainda assim, os promotores querem agir na “velocidade da luz”.
Ao mesmo tempo, acrescentou Nichols, uma proposta para um julgamento em outubro seria “muito lenta”. Bannon foi indiciado no mês passado por uma acusação de desacato por se recusar a comparecer a um depoimento perante o comitê seleto da Câmara — que investiga o motim e uma segunda acusação por se recusar a ceder os documentos solicitados. Ele, contudo, se declarou inocente.
A Câmara, liderada pelos democratas, votou em outubro pela condenação de Bannon, deixando para o Departamento de Justiça, chefiado pelo procurador-geral Merrick Garland, decidir sobre as acusações.
Relembre o caso
Uma multidão de apoiadores de Trump invadiu o Capitólio em uma tentativa fracassada de impedir a certificação formal do Congresso de sua derrota na eleição presidencial de 2020 para Biden. O comitê seleto está examinando as ações de Trump relacionadas a esses eventos. Bannon serviu como principal conselheiro para a campanha presidencial de Trump em 2016 antes de se tornar estrategista-chefe da Casa Branca em 2017. Ele promoveu uma variedade de causas e candidatos de direita nos Estados Unidos e no exterior.
