Juiz de Nova York ordena que Trump pague US$ 454 milhões em caso de fraude
Ex-presidente tem 30 dias para entrar com recurso, mas deverá pagar valor integral em juízo para apelar à decisão
Um juiz de Nova York ordenou formalmente na sexta-feira (23) que Donald Trump pague US$ 454 milhões, incluindo juros, uma medida que dará ao ex-presidente um mês para desembolsar quase meio bilhão de dólares para apelar do veredito de fraude.
A sentença assinada pelo juiz Arthur Engoron foi publicada no tribunal na sexta-feira, uma semana depois que ele considerou Trump e seus dois filhos, Donald Trump Jr. e Eric Trump, responsáveis por fraude no processo civil movido pela procuradora-geral de Nova York, Letita James.
Assim que Trump e os outros receberem a sentença, teve início o prazo de 30 dias para que eles interponham um recurso. Durante esse período, Trump terá de depositar dinheiro ou depositar títulos para cobrir os 355 milhões de dólares e cerca de 100 milhões de dólares adicionais em juros que foi condenado a pagar.
Cada um dos filhos foi condenado a devolver US$ 4 milhões em ganhos que receberam indevidamente por causa da fraude. O juiz também proibiu os Trump de servirem como dirigentes de uma entidade empresarial em Nova York por vários anos.
Na sexta-feira anterior, Letita James postou no X, “Sentimento de sexta-feira: ninguém está acima da lei”.
Os representantes da Organização Trump não responderam às perguntas sobre quem dirigirá a empresa, uma vez que esta enfrenta desafios de liderança enquanto Trump faz campanha para garantir a nomeação republicana para presidente entre as aparições no tribunal.
Trump prometeu apelar.
Inicialmente, Trump pediu para adiar o julgamento por 30 dias, dizendo que isso não prejudicaria o gabinete da procuradora-geral de Nova York e permitiria um processo ordenado dada a “magnitude” da decisão. O juiz rejeitou o pedido dizendo que o republicano não explicou nem justificou o motivo para fazê-lo.
O juiz notificou ambos os lados por e-mail na quinta-feira (22) que assinaria a proposta de julgamento redigida pelo gabinete da procuradora-geral de Nova York.
“A sentença proposta reflete com precisão o espírito e a letra da Decisão e Ordem de 16 de fevereiro”, escreveu o juiz.
