Joe Biden anuncia sanções ao gasoduto Nord Stream 2
Alemanha já havia suspendido a certificação do gasoduto
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou formalmente novas sanções à Nord Stream 2 AG, uma empresa suíça registrada cuja controladora é a gigante russa do ramo de gás Gazprom, e seus diretores corporativos.
“Esses passos são outra parte de nossa parcela inicial de sanções em resposta às ações da Rússia na Ucrânia. Como deixei claro, não hesitaremos em tomar outras medidas se a Rússia continuar a escalar”, escreveu o presidente em comunicado.
Biden também aplaudiu a decisão da Alemanha na terça-feira (22) de interromper a certificação do gasoduto, escrevendo: “Através de suas ações, o presidente Putin forneceu ao mundo um incentivo esmagador para se afastar do gás russo e de outras formas de energia. Quero agradecer ao chanceler Scholz por sua estreita parceria e dedicação contínua em responsabilizar a Rússia por suas ações”.
Mais cedo nesta quarta-feira, a CNN informou que a administração de Biden deveria anunciar que permitiria o avanço das sanções contra a empresa encarregada de construir o gasoduto Nord Stream 2 da Rússia, depois de bloquear tais sanções no ano passado usando uma isenção de segurança nacional.
Entenda o conflito
Após meses de escalada militar e intemperança na fronteira com a Ucrânia, a Rússia está aumentando a pressão sobre seu ex-vizinho soviético, ameaçando desestabilizar a Europa e envolver os Estados Unidos.
A Rússia vem reforçando seu controle militar em torno da Ucrânia desde o ano passado, acumulando dezenas de milhares de tropas, equipamentos e artilharia nas portas do país. A mobilização provocou alertas de oficiais de inteligência dos EUA de que uma invasão russa pode ser iminente.
Nas últimas semanas, os esforços diplomáticos para acalmar as tensões não chegaram a uma conclusão. Foi reconhecida pelo presidente russo Vladimir Putin, na segunda-feira (21), a independência de Donetsk e Luhansk, duas áreas separatistas ucranianas.
A escalada no conflito de anos entre a Rússia e a Ucrânia desencadeou a maior crise de segurança no continente desde a Guerra Fria, levantando o espectro de um confronto perigoso entre as potências ocidentais e Moscou.
(Com informações de Sarah Marsh e Madeline Chambers, da Reuters, e de Eliza Mackintosh,