Japão lançará hoje nave não tripulada para Lua; assista
Missão poderá ajudar cientistas a planejar pousos nos lugares considerados mais importantes e não nos mais fáceis; ação também deve ajudar futuros pousos em outros planetas
Após pouso bem sucedido da missão indiana Chandrayaan-3 na Lua, os olhos do planeta se voltam agora para a missão japonesa. O lançamento da missão à Lua está marcado para as 21h26 deste domingo deste domingo (27), no horário de Brasília.
Acompanhe abaixo o lançamento da missão ao vivo pelo canal da Agência Especial Japonesa no YouTube, que começa meia hora antes:
A missão da Agência Japonesa de Exploração Aeroespacial (Jaxa) é a Smart Lander for Investigating Moon (SLIM).
De acordo com informações enviadas à imprensa, o módulo de pouso será lançado a partir do Centro Espacial de Tanegashima, no Japão. O principal objetivo da missão lunar japonesa é demonstrar novas técnicas mais apuradas de alunissagem, com um módulo de pouso menor e mais leve, o que deve ajudar a tornar mais fácil o pouso em áreas consideradas mais complexas.
Até hoje, os locais de pouso lunar das naves precisam ser escolhidos meticulosamente para garantir uma alunissagem segura.
No último dia 20, o módulo de alunissagem da nave espacial russa Luna-25 colidiu com a Lua depois de girar em uma órbita descontrolada.
Além de testar pousos mais seguros, a missão japonesa vai testar tecnologias fundamentais para a exploração em ambientes de baixa gravidade e ainda investigar as origens da Lua.
Se a missão cumprir seus objetivos, vai ajudar os cientistas a planejar pousos nos lugares considerados mais importantes e não nos mais fáceis. Isso também deve ajudar em futuros pousos em outros planetas.
A nave japonesa tem um radar de pouso para navegação e detecção de obstáculos. Ela leva ainda uma câmara e um laser que vão conduzir tarefas específicas para garantir um pouso seguro.
Índia na lula
A Índia pousou, na manhã da última quarta-feira (23), sua espaçonave Chandrayaan-3 na Lua, tornando-se a quarta nação a realizar tal feito. A missão pode consolidar o status da Índia como uma superpotência global no espaço.
Anteriormente, apenas os Estados Unidos, a China e a antiga União Soviética completaram aterrissagens suaves na superfície lunar.
O local de pouso do Chandrayaan-3 também está mais próximo do polo sul da lua do que qualquer outra espaçonave na história já se aventurou.