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    Japão decide nesta semana quando vai despejar água radioativa tratada no oceano

    Decisão, liberada pela ONU, vem sendo criticada internamente e por países vizinhos, como China e Coreia do Sul

    Priscila Yazbekda CNN

    O primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, disse que o governo decidirá na terça-feira (22) quando começará a descarregar água radioativa tratada da usina nuclear de Fukushima no Oceano Pacífico.

    No mês passado, o plano de despejar a água tratada da usina ultrapassou o último obstáculo regulatório, com a aprovação do órgão regulador nuclear das Nações Unidas.

    A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) disse que a liberação teria efeitos ambientais “insignificantes” e está de acordo com as liberações de água de outras usinas nucleares, inclusive nos Estados Unidos.

    Apesar das garantias de sua segurança, a perspectiva de mais de um milhão de toneladas de água sendo bombeadas para o Pacífico a partir da usina nuclear provocou alarme no Japão e nos países vizinhos.

    Os sindicatos locais de pescadores japoneses há muito se opõem ao plano. O argumento é que a ação pode desfazer a reparação de danos à reputação, após a proibição de vários países a alguns produtos alimentícios japoneses com medo da radiação.

    Os países vizinhos demonstraram preocupação com a ameaça ao meio ambiente, e o governo de Pequim emerge como o maior crítico.

    A China disse que vai proibir a importação de alimentos de dez províncias japonesas e exigirá testes rigorosos para alimentos do resto do país.

    Já na Coreia do Sul, pescadores dizem que seus meios de subsistência estão em risco e os residentes estocam alimentos por medo de contaminação.

    Funcionários do maior mercado de peixes de Seul usaram, na semana passada, detectores de radiação para testar produtos frescos em várias barracas em uma tentativa de acalmar os compradores preocupados.

    Entenda

    A água é usada resfriar os reatores da usina, que foi desativada em 2011 após terem derretido com passagem do terremoto e tsunami que marcou o país naquele ano.

    Essa água fica radioativa e precisa ser armazenada em tanques. Esses tanques estão chegando no limite da sua capacidade, portanto, a água deve ser despejada.

    O Japão diz que a água foi filtrada para remover a maioria dos elementos radioativos, exceto o trítio, isótopo de hidrogênio difícil de separar da água. A água tratada será diluída com níveis de trítio bem abaixo dos aprovados internacionalmente antes de ser liberada no Pacífico.

    Veja também: Entenda o esforço do Japão para remilitarizar o país

    (Com informações da Reuters)

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