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    James Cameron diz que acidente com Titan foi “exceção”, mas vê regulamentação como inevitável

    Diretor de Titanic e que já explorou águas superprofundas dezenas de vezes, defende a seriedade dos trabalhos de exploração com submersíveis, que acontecem há mais de 50 anos 

    Fábio Mendesda CNN

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    O diretor de cinema James Cameron, conhecido por sucessos como Titanic, Avatar e O Exterminador do Futuro, tem sido chamado constantemente para falar sobre a implosão do submersível Titan, que resultou na morte de seus cinco ocupantes no mês passado. Em evento realizado na noite desta terça-feira (18) na Royal Canadian Geographical Society, em Ottawa, ele afirmou que o acidente com o veículo da OceanGate foi “uma exceção” no meio, mas que o fato faz com que a regulamentação de viagens turísticas seja “inevitável”.

    “Posso imaginar algum novo esforço regulatório saindo disso”, disse o diretor canadense, de acordo com o jornal The Globe and Mail. Ele lembrou que o naufrágio do próprio Titanic em 1912 deu início à Convenção Internacional para a Salvaguarda da Vida Humana no Mar, um tratado de segurança marítima que estabelece padrões de segurança para a construção, equipamento e operação de navios mercantes.

    O tratado entrou em vigor dois anos depois do naufrágio do Titanic e passou por diversas atualizações, sempre mantendo um padrão avançado de segurança. “Temos que ser lembrados da possibilidade de falha humana”, disse ele.

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    Cameron faz questão de frisar que o caso malsucedido do Titan, que implodiu quando se dirigia para os destroços do Titanic, a 3.800 metros de profundidade, não pode ser comparado com as viagens comumente realizadas por submersíveis em todo o mundo. Ele destaca que há mais de 50 anos esses mergulhos são realizados ajudando a evolução da pesquisa e também do turismo.

    “Este é um ponto de dados extremamente atípico, que, de certa forma, prova a regra, e a regra é que estamos seguros há meio século”, disse ele.

    De qualquer forma, Cameron disse que não ficaria surpreso em ver novos esforços regulatórios em resposta à implosão do Titan. “Esses regulamentos devem ser específicos para embarcações que transportam passageiros e devem ser tratados da mesma forma que as medidas existentes para barcos ou navios”.

    James Cameron tem sido chamado a falar sobre o tema por ser hoje um dos principais exploradores de águas superprofundas em todo o mundo, tendo visitado os destroços do Titanic por 33 vezes e chegado até a Fossa das Marianas, a mais de 10 mil metros de profundidade.

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