Itamaraty diz que mantém contato com 12 brasileiros que vivem no Sudão
Conflito no país já deixou dezenas de mortos e centenas de feridos em menos de uma semana, enquanto dois generais disputam pelo poder após o golpe militar em 2021
O Ministério das Relações Exteriores afirmou, em nota, que mantém contato com os 12 brasileiros que vivem no Sudão enquanto o país passa por uma disputa por poder que já deixou dezenas de mortos e centenas de feridos em menos de uma semana.
“O Ministério das Relações Exteriores, por meio da Embaixada em Cartum [capital do país], está em contato com 12 brasileiros que vivem naquele país e com seus familiares no Brasil, de modo a prestar toda a assistência possível aos nacionais. O governo brasileiro tem mantido coordenação com outros países que também têm cidadãos em território sudanês sobre ações coordenadas de assistência, a serem eventualmente implementadas a partir do momento em que as condições de segurança permitirem”, diz o comunicado.
Forças leais a dois generais rivais estão competindo pelo controle do país. Em um comunicado anterior, o Itamaraty já havia dito que “acompanha com preocupação a eclosão de episódios de violência no Sudão, com o registro de combates entre as Forças Armadas Sudanesas e as Forças de Apoio Rápido, em Cartum e outras regiões do país”.
E reiterou o apoio a “negociações políticas entre as lideranças sudanesas, com o objetivo de restabelecer governo civil de transição”.
O líder militar do Sudão, Abdel Fattah al-Burhan, e o comandante das Forças de Apoio Rápido (RSF, na siga em inglês) paramilitares, Mohamed Hamdan Dagalo trabalharam juntos para derrubar o presidente sudanês deposto Omar al-Bashir em 2019 e no golpe militar em 2021.
No entanto, surgiram tensões durante as negociações para integrar a RSF nas forças armadas do país como parte dos planos para restaurar o governo civil, o que levou a uma escalada no conflito.
*Publicado por Fernanda Pinotti, com informações de Thais Magalhães, da CNN, em São Paulo