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    Italianos pedem que Draghi permaneça como primeiro-ministro e enfrente crise

    Primeiro-ministro da Itália, Mário Draghi, anunciou que irá renunciar ao cargo, em meio à crise política que o país enfrenta

    Reuters

    Prefeitos, organizações empresariais e líderes sindicais da Itália pediram ao primeiro-ministro, Mario Draghi, no fim de semana que repensasse sua decisão de renunciar, alertando que a estabilidade do país endividado estava em risco.

    Draghi apresentou sua renúncia na semana passada depois que um dos partidos de sua ampla coalizão, o Movimento 5 Estrelas, se recusou a apoiar o governo em uma moção de confiança parlamentar.

    O presidente da Itália, Sergio Mattarella, rejeitou a renúncia e pediu que ele falasse no parlamento na próxima semana, esperando encontrar um consenso para evitar eleições antecipadas em um momento de tumulto internacional e tensão econômica.

    Draghi ganhou confortavelmente uma moção de confiança sobre medidas destinadas a aliviar o alto custo de vida para famílias e empresas. Mas ele disse que sem o apoio total de todos os seus parceiros, seu governo de unidade nacional não poderia continuar.

    O populista 5 Estrelas, dividido por cisões internas, diz que não se retirou da coalizão, mas pediu a Draghi que dê ao grupo garantias de que ele aprovará suas prioridades políticas, como um salário mínimo.

    “Não podemos compartilhar a responsabilidade do governo se não houver certeza sobre as questões que destacamos”, disse o líder do 5 Estrelas Giuseppe Conte no Facebook no sábado.

    Uma fonte do gabinete do primeiro-ministro disse que Draghi não se curvaria a nenhum “ultimato” e continua determinado a renunciar.

    Mas ele enfrentou pressão para mudar de ideia em meio a alertas de que a Itália arriscaria perder bilhões de euros em fundos de recuperação pós-pandemia da União Europeia e teria dificuldades para conter os crescentes custos de energia sem um governo totalmente funcional.

    Os prefeitos de 110 cidades italianas, incluindo as 10 principais áreas metropolitanas, disseram em uma carta aberta que estão acompanhando a turbulência com “incredulidade e preocupação” e pediram que todos os lados mostrassem responsabilidade.

    “Nós, prefeitos, que somos chamados todos os dias para administrar e resolver os problemas que afligem nossos cidadãos, pedimos a Mario Draghi que vá em frente e explique ao parlamento as boas razões pelas quais o governo deve continuar”, escreveram.

    Uma série de associações industriais, agrícolas e comerciais também divulgou declarações pedindo ao governo que continue, enquanto o chefe do maior sindicato da Itália disse que a estabilidade é essencial.

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