Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Itália questiona viabilidade de mandado de prisão do TPI contra Netanyahu

    Ministro das Relações Exteriores italiano, Antonio Tajani, disse que prisão é impraticável

    Alvise ArmelliniAngelo Amanteda Reuters

    A Itália disse nesta terça-feira (26) que há “muitas dúvidas” sobre o mandado de prisão do Tribunal Penal Internacional (TPI) contra o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, avaliando que não seria viável prendê-lo enquanto ele seguir no comando do governo.

    A Itália, que atualmente preside o Grupo dos Sete (G7), sediou uma reunião de ministros das Relações Exteriores que resultou em declaração final sem menção direta aos mandados de prisão do TPI contra os líderes israelenses e do Hamas.

    O ministro das Relações Exteriores italiano, Antonio Tajani, que tentou estabelecer uma posição comum dos integrantes do G7 sobre o assunto, disse que Roma tem muitas dúvidas sobre a legalidade dos mandados e que é necessário ter clareza se altos funcionários de Estado têm imunidade contra prisão.

    “Netanyahu nunca iria a um país onde pudesse ser preso”, disse Tajani em coletiva de imprensa ao final do encontro de dois dias realizado na cidade termal de Fiuggi.

    “A prisão de Netanyahu é impraticável, pelo menos enquanto ele for primeiro-ministro”, acrescentou.

    A discussão relacionada ao TPI gerou tensão dentro da coalizão da primeira-ministra italiana Giorgia Meloni.

    O ministro da Defesa, Guido Crosetto, afirmou que Roma teria que cumprir suas obrigações e prender Netanyahu se ele viesse à Itália, enquanto Matteo Salvini — líder do partido da coalizão Liga — disse que o líder israelense seria bem-vindo no país.

    A ação do TPI foi fortemente criticada pelos Estados Unidos, que, assim como Israel, não são membros da corte.

    Tópicos