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    Israel x Hamas: Após conversa com Lula, Vieira vai aos EUA para “esforço final” do Brasil no Conselho de Segurança da ONU

    Vieira apresentou ao presidente um balanço das conversas que ele teve na semana passada em Nova York

    Thais Arbexda CNN

    Após conversa com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o chanceler Mauro Vieira embarca na tarde deste domingo (29) para participar da reunião desta segunda-feira (30) do Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU), em Nova York.

    A ida do ministro das Relações Exteriores para os Estados Unidos é um “esforço final” do Brasil enquanto presidente do conselho para tentar obter um consenso sobre o conflito entre Israel e o Hamas.

    Em encontro com Lula no sábado (28), Vieira apresentou ao presidente um balanço das conversas que ele teve na semana passada em Nova York e o panorama da atual negociação do Brasil com o bloco dos dez membros não permanentes do colegiado para uma nova proposta de resolução sobre a guerra.

    Embora o Brasil chegue ao Conselho de Segurança da ONU com o que é classificado dentro do Itamaraty como “expectativa realista”, Lula e Vieira entenderam que valia a investida, às vésperas do fim da Presidência brasileira no colegiado — que termina na terça-feira (31).

    Segundo relatos feitos à CNN, a negociação do Brasil por uma nova resolução no colegiado, após quatro textos fracassados, foi impulsionada por pedidos feitos diretamente a Vieira, na semana passada.

    Um deles partiu da Presidente do Comitê Internacional da Cruz Vermelha, Mirjana Spoljaric, com quem o chanceler brasileiro esteve à margem do programa de reuniões do Conselho de Segurança. Pedidos semelhantes foram feitos a Vieira por Alemanha, Jordânia e a própria Palestina.

    O Conselho de Segurança da ONU tem 15 membros, sendo dez rotativos e cinco com assento permanente: Estados Unidos, Rússia, China, França e Reino Unido. Os membros fixos têm poder de veto sobre resoluções do órgão.

    Neste momento, o esforço do Brasil é chegar a um consenso com um bloco de não-membros para tentar evitar vetos, principalmente dos EUA e da Rússia. As tentativas frustradas, no entanto, mostram um cenário bastante difícil para a aprovação de uma resolução.

    Até o momento, foram sugeridas duas resoluções pela Rússia, vetadas pelos Estados Unidos; uma do Brasil, que obteve a maior adesão, mas também foi vetada pelos americanos; e uma dos Estados Unidos, vetada pelos russos.

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