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    Israel veta parte de nova lista brasileira para saída de Gaza, dizem fontes

    Situação é considerada irreversível; novo grupo de brasileiros pode ser resgatado neste final de semana

    Jussara Soaresda CNN , em Brasília

    Israel vetou parte da lista de 102 nomes enviados pelo Brasil com pedido de autorização para deixar a Faixa de Gaza pela passagem de Rafah, na fronteira com o Egito.

    Há brasileiros e palestinos vetados, segundo apurou a CNN com diversas fontes envolvidas na operação.

    As famílias começaram a ser avisadas nesta sexta-feira (8) de que as autorizações não foram concedidas. Diante disso, algumas pessoas estão pensando em desistir da repatriação.

    A previsão é que o resgate do segundo grupo de brasileiros e parentes próximos em Gaza ocorra ainda neste fim de semana. O grupo foi avisado para que esteja preparado para cruzar a passagem de Rafah às 6h deste sábado (9), no horário local.

    As razões dos vetos não foram explicados, segundo integrantes do Itamaraty. Uma tentativa de reverter a decisão de Israel é considerada muito difícil.

    De acordo com fontes diplomáticas, a experiência de outros países que também tiveram saídas não autorizadas indica que a medida não é reversível.

    O veto a alguns nomes já era esperado pelo Itamaraty, visto que neste segundo grupo o Brasil ampliou os critérios para incluir palestinos parentes próximos de brasileiros, em relação à lista anterior, quando 32 pessoas foram repatriadas.

    Desta vez, avós e irmãos mais velhos foram incluídos — com isso, a maioria dos nomes, é formada por palestinos. Na primeira lista, entraram apenas pais, filhos e cônjuges, além de brasileiros e cidadãos com dupla nacionalidade.

    Os critérios da segunda lista foram discutidos entre o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Agora, é preciso que Israel e Egito aceitem os mesmos parâmetros para retirar parentes e brasileiros de Gaza.

    Procurada, a Embaixada de Israel em Brasília informou apenas que está verificando as informações pedidas pela CNN e ainda não fez comentários.

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