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    Israel vai manter tropas no sul do Líbano além do prazo de retirada

    Gabinete de Benjamin Netanyahu acusa o Hezbollah de não implementar totalmente os termos da trégua

    Jana ChoukeirJames MackenzieTrevor Hunnicuttda Reuters , Jerusalém

    As forças israelenses permanecerão no sul do Líbano além do prazo estipulado em um acordo de cessar-fogo com o Hezbollah, disse o gabinete do primeiro-ministro israelense nesta sexta-feira (24). Segundo autoridades, os termos da trégua não foram totalmente implementados.

    Pela medida, que entrou em vigor em novembro, as armas e os combatentes do Hezbollah devem ser removidos das áreas ao sul do rio Litani, no Líbano, e as tropas israelenses devem se retirar enquanto os militares libaneses se deslocam para a região, tudo dentro de um prazo de 60 dias com conclusão prevista para segunda-feira (27) às 4h do horário local.

    O acordo, intermediado pelos Estados Unidos e pela França, encerrou mais de um ano de hostilidades entre Israel e o Hezbollah apoiado pelo Irã. A luta atingiu o auge com uma grande ofensiva israelense que deixou o Hezbollah severamente enfraquecido e deslocou mais de 1,2 milhão de pessoas no Líbano.

    O gabinete de Netanyahu disse em um comunicado que o processo de retirada militar israelense estava “dependente do exército libanês se posicionar no sul do Líbano e aplicar o acordo de forma plena e eficaz, enquanto o Hezbollah se retira para além do Litani”.

    “Como o acordo de cessar-fogo ainda não foi totalmente aplicado pelo estado libanês, o processo de retirada gradual continuará, em total coordenação com os Estados Unidos”, disse o comunicado.

    Não houve comentários imediatos do Líbano ou do Hezbollah.

    A Casa Branca não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.

    O Hezbollah disse na quinta-feira (23) que qualquer atraso na retirada de Israel seria uma violação inaceitável do acordo, com o qual o estado libanês teria que lidar “por todos os meios e métodos garantidos por cartas internacionais”.

    Israel disse que sua campanha contra o Hezbollah tinha como objetivo garantir o retorno para casa de dezenas de milhares de pessoas forçadas a deixar suas casas no norte de Israel devido aos disparos de foguetes do Hezbollah.

    Ele infligiu grandes golpes ao Hezbollah durante o conflito, matando seu líder Hassan Nasrallah e milhares de combatentes do grupo e destruindo grande parte de seu arsenal.

    O Hezbollah ficou ainda mais enfraquecido em dezembro, quando seu aliado sírio, Bashar al-Assad, foi derrubado, cortando sua rota de abastecimento terrestre do Irã.

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