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    Israel vai continuar a atacar alvos do Hezbollah em Beirute, diz chefe militar

    Forças israelenses atacaram o centro da capital do Líbano pela 1ª vez em 18 anos nesta quinta (3)

    Rob PichetaEugenia Yosefda CNN

    O exército de Israel disse que continuará atacando alvos do Hezbollah em Beirute, no vale de Bekaa e no sul do Líbano.

    Herzi Halevi, chefe do Estado-Maior Geral das Forças de Defesa de Israel, disse em uma mensagem de vídeo nesta quinta-feira (3) que o exército está “determinado a destruir” a infraestrutura do Hezbollah perto da fronteira libanesa e continuará a infligir danos ao grupo.

    Halevi disse que para os moradores perto da fronteira voltarem para suas casas “significa destruir a infraestrutura terrorista que o Hezbollah construiu perto da fronteira para que eles pudessem invadir nossas comunidades e matar civis israelenses quando recebessem a ordem”.

    “Estamos muito determinados a destruir essa infraestrutura e eliminar qualquer pessoa presente lá. Não permitiremos que o Hezbollah se estabeleça nesses lugares”, afirmou o chefe militar.

    Israel acusou o Hezbollah de incorporar instalações de armas sob edifícios residenciais em Beirute. Halevi disse em sua mensagem de vídeo que as tropas israelenses “estão mais preparadas e treinadas do que nunca, trazendo consigo a experiência das operações em Gaza, e sua vantagem na arena de combate é clara”.

    Entenda a escalada nos conflitos do Oriente Médio

    ataque com mísseis do Irã a Israel no dia 1º marcou uma nova etapa do conflito regional no Oriente Médio. De um lado da guerra está Israel, com apoio dos Estados Unidos. Do outro, o Eixo da Resistência, que recebe apoio financeiro e militar do Irã e que conta com uma série de grupos paramilitares.

    São sete frentes de conflito abertas atualmente: a República Islâmica do Irã; o Hamas, na Faixa de Gaza; o Hezbollah, no Líbano; o governo Sírio e as milícias que atuam no país; os Houthis, no Iêmen; grupos xiitas no Iraque; e diferentes organizações militantes na Cisjordânia.

    Israel tem soldados em três dessas frentes: Líbano, Cisjordânia e Faixa de Gaza. Nas outras quatro, realiza bombardeios aéreos.

    O Exército israelense iniciou uma “operação terrestre limitada” no Líbano no dia 30 de setembro, dias depois de Israel matar o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, em um bombardeio ao quartel-general do grupo, no subúrbio de Beirute.

    As Forças de Defesa de Israel afirmam que mataram praticamente toda a cadeia de comando do Hezbollah em bombardeios semelhantes realizados nas últimas semanas. No dia 23 de setembro, o Líbano teve o dia mais mortal desde a guerra de 2006, com mais de 500 vítimas fatais.

    Ao menos dois adolescentes brasileiros morreram nos ataques. O Itamaraty condenou a situação e pediu o fim do conflito. Com o aumento das hostilidades, o governo brasileiro anunciou uma operação para repatriar brasileiros no Líbano.

    Na Cisjordânia, os militares israelenses tentam desarticular grupos contrários à ocupação de Israel ao território palestino.

    Já na Faixa de Gaza, Israel busca erradicar o Hamas, responsável pelo ataque de 7 de outubro que deixou mais de 1.200 mortos, segundo informações do governo israelense. A operação israelense matou mais de 40 mil palestinos, segundo o Ministério da Saúde do enclave, controlado pelo Hamas.

    O líder do Hamas, Yahya Sinwar, segue escondido em túneis na Faixa de Gaza, onde também estariam em cativeiro dezenas de israelenses sequestrados pelo Hamas.

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